Grafeno: o material eco-friendly do futuro, dos smartphones ao fotovoltaico


Grafeno, uma das formas cristalinas do carbono, e sua “família, são a alternativa ecossustentável para a energia. Desde baterias para células solares, até o armazenamento de hidrogênio, todas as fontes de energia alternativa poderão ser beneficiadas por esses novos materiais.

Esta é a conclusão a que chegou uma pesquisa feita pelo Instituto Italiano de Tecnologia, o Conselho Nacional de Pesquisa, a Scuola Normale Superiore de Pisa e a Universidade de Cambridge, em colaboração com a Texas Instruments.

“A flexibilidade do grafeno, a sua grande superfície de contato e a estabilidade química, combinada com a suas excelentes condutividades elétrica e térmica, faz desse material um promissor catalisador em combustíveis e em células solares”, explicam os autores.

A disseminação de dispositivos eletrônicos portáteis, e até mesmo endossáveis, torna necessário o uso de materiais flexíveis, que, no entanto, mantenham as suas propriedades ópticas e condutoras. Vários estudos anteriores já tinham identificado no grafeno o material de base para os smartphones do futuro.

Mas há ainda mais: o grafeno e os seus “primos” são materiais de duas dimensões e é por isso que todos eles têm uma área muito grande, que permite armazenar uma grande quantidade de energia (um grama de grafeno estendido, cobre 2.600 metros quadrados). O aumento desta eficiência representa um avanço significativo em termos de sustentabilidade ambiental.

Eles também têm uma condutividade elétrica incrível, que, aliás, pode ser ajustada a partir do externo e essa propriedade, além de torná-los promissores em eletrônica, poderia dar um impulso ao setor fotovoltaico, que ainda sofre com dificuldades técnicas devido à uma eficiência não totalmente comparável às das fontes de energia convencionais (não-renováveis).

Segundo os autores, portanto, o futuro green está nos materiais verdes, como o grafeno. O trabalho foi publicado na revista Science.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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