Dia do Trabalhador 2018 – Mais humano e menos robô


Como se sabe, 1° de maio é o Dia Internacional dos Trabalhadores, uma data que nos lembra da importância de lutarmos sempre a favor dos direitos do trabalhador e ao mesmo tempo homenagear esta luta que desde sempre reivindica por melhores condições de trabalho. Se não fosse a luta e a coragem dos trabalhadores, hoje não teríamos os direitos que temos e que, infelizmente, correm o risco de desaparecer.

Hoje fala-se de escravidão moderna, uma espécie de retorno à uma época onde os trabalhadores não tinham vozes.

A origem do Dia do Trabalhador vem do ano de 1886 quando, em Chicago, trabalhadores organizaram uma greve geral reivindicando a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.

Hoje, crise econômica, automação e robotização colocam em risco cada vez mais postos de trabalho além de nos acenar para o perigo da redução de direitos.

Segundo uma reportagem de janeiro deste ano na Folha de São Paulo, a automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros em até 2030.

O problema é mundial, e talvez pior nos países mais desenvolvidos porque estes têm tecnologias cada vez mais avançadas, cada vez mais capazes de substituir o homem. Nos Estados Unidos, por exemplo, cada robô desemprega 3 pessoas.

Claro que há um lado positivo nisso, robôs podem ser mais eficientes que os homens em muitas áreas e podem fazer os trabalhos monótonos que os homens não gostam de fazer, enquanto para os homens ficaria somente um tipo de trabalho, mais especializado ou criativo, ou seja até melhor. No entanto, com o crescimento da população, o risco é ocorrer mesmo uma redução de direitos, além da própria perda do trabalho. E isso pode gerar ainda mais desigualdade social.

Nossa luta neste 1° de maio deve ser a de resguardar a situação dos trabalhadores menos qualificados que sofrerão as maiores perdas. E não pense que o problema é somente deles porque o mal-estar atingirá toda a sociedade. Até médicos e professores universitários podem sim ser substituídos por robôs que saibam diagnosticar doenças através de algoritmos, ou ensinar através de programas de ensino à distância onde a figura do professor é inexistente ou, no máximo, virtual.

Aí, contra a robotização, o jeito é lutar pela humanização, e nos unirmos, todos, a favor do direito ao trabalho e ao bem-estar. Não podemos voltar à escravidão ou ao subemprego. Precisamos usar a tecnologia a nosso favor e não contra nós. Não podemos piorar nossa situação, precisamos avançar sempre e cada vez mais em direção a um mundo melhor para todos.

Esta é a esperança da equipe GreenMe que deseja um feliz Dia do Trabalhador para você.

Se o trabalho dignifica o homem, esta frase mais do que nunca deve ser lembrada para deixar clara a diferença entre homens e robôs.




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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