Usar o smartphone à mesa aumenta o risco de distúrbios alimentares


Distúrbios alimentares teriam a ver com o uso excessivo de smartphones ou celulares? Parece que sim. Especialistas que participaram de um workshop organizado pelo Ministério da Saúde Italiano na Expo 2015 em Milão, falaram sobre o assunto:

Fala-se de um verdadeiro vício em internet que afeta tantos adolescentes italianos (e com certeza do mundo).

No país da pasta as últimas estimativas dão conta de que 1 em cada 3 adolescentes seriam mesmo viciados em internet, tanto a ponto de não conseguirem deixar o celular nem mesmo na hora de comer. Um mau hábito que poderia ter consequências muito sérias tanto sobre a relação com a comida, quanto sobre a relação e o diálogo com pais e amigos.

Durante o workshop, Guido Orsi, da Ordem dos Psicólogos, apontou que:

“Ao levarmos o smartphone à mesa incorremos em três tipos de riscos: um nutritivo, ou seja, comemos de maneira inconsciente, o que pode promover a obesidade ou outros problemas alimentares como má digestão ou inchaço abdominal; o risco social, quando nos isolamos enquanto a refeição deveria ser um momento de diálogo, relação e troca de ideias; e o risco comportamental porque aumentamos a possibilidade de nos tornarmos viciados em internet“.

Os dispositivos móveis, de fato, como explicou Orsi, “induzem a uma queda na consciência sobre o quê e o quanto você come” tanto que às vezes você acaba se esquecendo do que está no prato ou pior, acaba se tornando viciado também em junk food. Desta forma, a longo prazo, o risco de incorrer em transtornos alimentares está realmente ao lado.

O que podemos fazer?

Apesar dos dados serem italianos, é muito plausível acreditar que também no Brasil as coisas estejam neste pé. Basta olhar ao lado e ver todo mundo grudado no telefone, inclusive durante as refeições. Você pode resistir à tentação e deixar o celular bem quietinho enquanto come. Se estiver em um restaurante, veja a vida que acontece ao redor do seu prato, coma com calma e saboreie a comida, você está se alimentando, aproveite este momento vivendo-o!

O problema é com os adolescentes. Não sirva de mau exemplo aos seus filhos. A regra deve ser ninguém com celular na mesa, nem você! Os especialistas italianos sugerem que para cada meia hora passada virtualmente, seria necessário compensá-la com, pelo menos, duas horas de estudo, esporte ou de entretenimento com amigos “reais”, aqueles de carne e osso!

Tais conselhos são essenciais para melhorar o desempenho escolar, os relacionamentos sociais e, sobretudo, para assegurar saúde aos jovens.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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