São Paulo oferecerá gratuitamente exame para identificar vírus zika


A partir da próxima semana, o estado de São Paulo oferecerá, gratuitamente, exame para identificar o vírus zika. Os municípios do estado que identificarem algum caso suspeito devem encaminhar uma amostra do material genético do paciente para o Instituto Adolfo Lutz, órgão ligado à Secretaria de Saúde.

Embora o vírus não esteja circulando no estado, no último dia 26, o secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, informou que houve dois casos de microcefalia registrados recentemente na cidade de São Paulo. Está sendo investigado se pode haver alguma relação entre esses casos e a microcefalia, pois as duas mulheres infectadas pelo vírus foram diagnosticadas no início da gravidez quando ainda moravam no Nordeste. Padilha reforçou que a população precisar estar consciente de seu papel no combate ao Aedes aegypti.

A capital paulista não registrou aumento no número de casos de microcefalia em 2015. Este ano, foram registrados 12 casos, o que Padilha considera dentro da média, que costuma ficar entre 10 e 15 casos por ano. Quanto aos casos de vírus zika, o secretário disse que a cidade de São Paulo ainda não recebeu nenhuma notificação de transmissão.

Proliferação do vírus zika no Brasil e em outros países causa alerta mundial

A Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), emitiu alerta epidemiológico mundial recomendando aos seus Estados-Membros que estabeleçam medidas de diagnóstico e acompanhamento de casos do vírus zika.

São nove os Estados-Membros em situação de alerta: Brasil, Chile (Ilha de Páscoa), Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.

O comunicado destaca a situação do Brasil, onde 18 estados já confirmaram a circulação do vírus zika e a relação dele com casos de microcefalia. Até o dia 30 de novembro deste ano, foram registrados 1.248 casos da doença em 14 estados brasileiros.

Dentre as recomendações da Opas e da OMS estão que os países reforcem a vigilância de síndromes neurológicas e anomalias congênitas e fortaleçam o cuidado pré-natal às gestantes e aos recém-nascidos nas regiões onde o vírus está circulando.

O documento também destaca a necessidade de reduzir a presença do mosquito vetor, o Aedes aegypt, por meio de estratégias de controle e de campanhas publicitárias em veículos de comunicação.

Sobre o tratamento no caso de infecção por vírus zika, o comunicado ressalta que, embora não haja vacina específica, deve-se amenizar os sintomas com repouso, medicamentos para a diminuição da febre e ingestão de muito líquido para evitar a desidratação.

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Fonte foto: exame




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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