Tomar sol é mais perigoso do que se pensava


Se você gosta de tomar sol para pegar um bronzeado – e mesmo os que se enchem de protetor, mas ainda pior para os que dizem não usar filtros solares – preste atenção. Estudos recentes, feitos por pesquisadores brasileiros afirmam que os perigos contidos na radiação do sol são maiores do que os que já conhecíamos.

Já é fato consolidado que temos que nos proteger dos raios ultravioleta (UV) advindos da luz solar; mas e se eles não forem o único perigo? Maurício Baptista, bioquímico da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador de estudo sobre o tema, diz que não está surpreso por ter descoberto que os danos causados à pele pela luz solar, não se darem apenas por conta dos raios ultravioleta. As radiações e a luz visível têm a mesma natureza, são a mesma forma de energia. A diferença é que a luz nós vemos, as radiações, não. Mas a pele sente ambas as energias e reage a elas de diferentes formas.

Sentindo na pele

O câncer de pele é uma dessas reações – talvez a mais conhecida e temida. Mas de onde se origina tudo isso? Maurício e sua equipe demonstraram no estudo, que o material genético pode ser danificado pela luz visível de forma indireta, por interagir com a melanina. Ela absorve parte da energia desta luz e a transfere para as moléculas de oxigênio. Isso gera formas reativas do oxigênio – o oxigênio singlete. O problema nesta molécula é que, ao reagir com outras moléculas orgânicas, ela as deteriora. E é o que acontece com o DNA. Este dano pode chegar a afetar um gene que regula a proliferação das células, fazendo com que a célula danificada se multiplique, originando um câncer.

O que fazer?

E não há muito o que se fazer a respeito: os filtros solares que hoje encontramos no mercado, protegem apenas contra as radiações UV – mas não contra a luz visível. Então, enquanto não forem criados protetores solares que englobem também cuidados relacionados à essa ameaça, a pele estará à mercê dos riscos que estão intrínsecos à exposição solar.

O único jeito de se prevenir é evitar exposições intensas à luz solar e sempre usar o filtro – ainda que de proteção incompleta.

Ao mesmo tempo é importante saber que não devemos parar de nos expor ao sol, que ajuda na síntese da vitamina D, de suma importância para a composição dos ossos e para evitar doenças dos ossos. A exposição porém, deve ser feita em horários de luminosidade reduzida, como antes das 10 e após as 15 horas.

Leia também: Bronzeamento artificial: um problema de saúde pública

Fonte foto: freeiamages.com




Redação greenMe

Um mundo melhor é possível com pequenas grandes ações no dia a dia 🐝 greenMe.com.br é um site de informação sobre meio ambiente e saúde, criado para levar ao grande público, a consciência de que um mundo melhor é possível, através de um comportamento respeitoso com todas as formas de vida.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...