Açaí: todos os benefícios dessa paixão nacional


O açaizeiro (Euterpe oleracea) é uma palmeira Natural da América do Sul, nativa das várzeas da região amazônica, encontrada na Venezuela, Colômbia, Equador, Guianas e Brasil, especificamente nos estados do Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão e Acre, sendo que esses responsáveis por 85% da produção mundial.

O principal produto do açaizeiro é o vinho ou suco de açaí, feito com a polpa do fruto, o açaí, uma bebida de consistência pastosa muito apreciada na culinária das comunidades ribeirinhas amazonenses. Sua consistência pastosa é devido aos elevados teores de amido (9,30%) e pectina (0,67%) encontrados na parte comestível do fruto.

Nos estados de onde é originário, o açaí é muito consumido na forma de pirão da polpa do fruto que compõe receitas com farinha de mandioca ou tapioca, quente, acompanhando peixe assado ou camarão, com um pirão de farinha. Na forma de suco, adoçado ou ao natural, também é servido frio e usado na composição de cremes e sorvetes.

A riqueza nutricional do açaí

100 gramas da fruta contém em média 65 calorias. É o mesmo que 100 gramas de manga ou de maçã, e bem menos que 100 gramas de banana (105 calorias), de abacate (162 calorias) ou do supercalórico tamarindo (230 calorias).

O açaí possui elevado teor de antocianinas, contendo cerca de 1 gr por cada 100 g de extrato seco. As antocianinas são pigmentos naturais, pertencentes à família dos flavonoides, sendo estes responsáveis pela cor arroxeada do açaí. . As antocianinas são encontradas no açaí em um volume de 10 a 30 vezes maior do que aqueles encontrados no vinho tinto de uva. Além disso, possuem função antioxidante que asseguram melhor circulação sanguínea e protegem o organismo contra o acúmulo de placas de gordura em veias e artérias. O açaí é rico em minerais, principalmente potássio e cálcio e, dentre as vitaminas, se destaca o seu conteúdo em a vitamina E, antioxidante natural que atua na eliminação dos radicais livres.

Importante saber que o açaí não deve ser consumido sem que sua polpa seja pasteurizada, procedimento imprescindível para a segurança do produto no que tange á ocorrência de doenças causadas por protozoários perigosos como a Doença de Chagas, que é transmitida pelo inseto barbeiro, hospedeiro do protozoário Trypanossoma cruzi. O barbeiro faz ninho nas folhas do açaizeiro e quando é feita a colheita, o inseto é levado junto com o fruto e triturado na produção da polpa. Estima-se que, a cada ano, 33 mil pessoas sejam infectadas pela doença, principalmente na ingestão de açaí ou caldo de cana. A maior incidência está no norte do país, região onde o consumo de açaí é alto (Jornal UnB, 2005; Jornal UNICAMP, 2005).

O açaí é considerado por muitos pesquisadores um dos frutos mais nutritivos cultivados na Amazônia. No entanto, é pobre em açúcares totais.

E é aí que mora o perigo! Como a fruta é pobre em açúcares, seu paladar não incentiva o consumo. Claro, o jeito, mercadológico e consumista, foi acrescentar esse rico veneninho à nossa tão saudável fruta, o açúcar, tornando o produto mais interessante ao consumo sulista.

O mercado brasileiro abraçou a polpa de açaí como um suplemento energético ao qual acrescenta xarope de guaraná gerando uma pasta parecida com um sorvete, ocasionalmente adicionando frutas e cereais. Conhecido como açaí na tigela, é um alimento muito apreciado por frequentadores de academias e desportistas, já que as propriedades estimulantes presentes no fruto são semelhantes às encontradas no café ou em bebidas energéticas.

A quantidade de açúcar de um “açaí na tigela” é de, aproximadamente, 45 g em cada 100 grama, então o açaí consumido torna-se uma verdadeira bomba, uma carga metabólica que nosso organismo não consegue vencer sem danos.

Veja abaixo quanto “custa” uma tigela pequena de açaí (200 g):

– açaí sem açúcar ou xarope = 130 calorias

– açaí batido com xarope de guaraná = 320 calorias

– açaí batido com xarope e banana = 420 calorias

– açaí batido com xarope, banana e granola = 570 calorias

E faça sua escolha, pois toda essa quantidade extra de calorias terão de ser abatidas de alguma maneira.

Fonte foto: wikimedia.org




Redação greenMe

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Este artigo possui 2 comentários

  1. Geralda Maria Matos
    Publicado em 09/08/2021 às 11:44 pm [+]

    Obrigada pela explicação. Valiosíssima


  2. Daia Florios
    Publicado em 14/08/2021 às 11:17 am [+]

    <3 Nós que te agradecemos <3


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