Ajuda verde e amarela para o aquecimento global: plantas nativas brasileiras


Notícia incrível para o Brasil: a seriguela e o umbuzeiro, árvores comuns do Semiárido Nordestino, e a sucupira-preta, do Cerrado, fazem parte de um grupo de plantas brasileiras que poderão desempenhar um papel importante para a agricultura como remédio para o enfrentamento das consequências das mudanças que vêm afetando o clima do planeta. Por sua imensa capacidade adaptativa, são absolutamente tolerantes à escassez hídrica e ou temperaturas elevadas.

A chave é o código genético

O estudo do código genético de tais espécies poderá ajudar a fazer com que culturas como soja, milho, arroz e feijão sejam tão resistentes quanto elas aos extremos climáticos. Essa conclusão foi obtida graças a estudos do Centro Nacional de Pesquisa Tecnológica em Informática para a Agricultura (CNPTIA) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O Brasil pode ser considerado o maior armazém do mundo de genes tolerantes ao aquecimento global, sobretudo em relação às espécies do Semiárido Nordestino.

Os modelos de pesquisa realizados pela Embrapa, em colaboração com instituições de outros 40 países, apontam que a redução de produtividade de milho, soja, arroz e outros, decorrente das mudanças climáticas deve se acentuar nas próximas décadas. A busca de genes alternativos ajuda a trabalhar com a resistência dessas sementes, para que durem mais.

Plantas do Cerrado e do Semiárido com características especiais

Outras plantas do Cerrado com grande capacidade adaptativa lembradas no estudo são a árvore pacari e os frutos do baru e da cagaita.

Já no Semiárido, os destaques são as árvores como a seriguela, o umbuzeiro e a cajazeira, importantes não só para estudos genéticos como também para programas voltados à geração de renda pela população local.

Mudanças à vista

Como resultado da experiência genética, a Embrapa planeja lançar, em 2015, uma soja resistente à deficiência hídrica, produzida a partir de um gene existente em uma planta do Japão.

É importante levar em consideração essas novidades, relacionando-as ao contexto climático de determinadas regiões do Brasil, que faz com que colheitas inteiras sejam perdidas, devido aos períodos de estiagem inclementes.

Cálculos da Embrapa feitos com base na produtividade média da soja mostram que somente esse grão acumulou mais de US$ 8,4 bilhões em perdas relacionadas às mudanças climáticas no Brasil entre 2003 e 2013. Já a produção de milho perdeu mais de US$ 5,2 bilhões no mesmo período. Desse modo, todas essas experiências poderão auxiliar no processo de segurança alimentar do país e, inclusive, ajudar em nossas exportações agrícolas e, em última análise, na economia nacional.

Fonte: agencia.fapesp.br

Fonte foto: seriguela




Redação greenMe

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