Índice
Quem já foi picado por algum inseto sabe o quanto dói! Se a pessoa tiver alergia então, pode até ter que ir para o hospital.
Cada picada tem o seu nível de dor. E existe um índice que mede exatamente isso! É uma escala de classificação de dor, chamada Índice Schmidt de Dores de Picadas em homenagem ao entomólogo Justin Schmidt, informa o DW.
Schmidt é pesquisador no Southwest Biological Institute (SBSC), nos Estados Unidos, onde estuda os mecanismos de defesa químicos de formigas, abelhas e vespas. O pesquisador sabe exatamente que dor esses bichos podem causar, visto que durante a sua pesquisa ele foi picado por cerca de 150 tipos de insetos.
Desde a década de 1960, Schmidt categoriza as picadas de insetos pelo critério “intensidade da dor”, registrando também a sua duração.
Schmidt classifica as picadas em quatro níveis de dor, embora, claro, a dor seja uma questão bem subjetiva.
No primeiro nível, encontram-se as picadas cuja dor não dura mais do que cinco minutos e tem intensidade mínima. Estariam nessa classificação as picadas de abelha da espécie Anthophora. A descrição da dor por parte de Schmidt chega a ser bastante divertida. Ele poetiza a picada da abelha Sphecodes albilabris como sendo “leve, efêmera, quase frutada, como se um faísca minúscula queimasse um único pelo do braço”.
No segundo nível de dor, as picadas duram entre 5 e 10 minutos e costuma ser menos “agradáveis”. Nesse nível estão as picadas da ordem hymenopteras, como as das vespas, que são descritas como “densas, vigorosas e quentes”.
Aumentando a escala, no terceiro nível, as picadas começam a doer, persistindo por até 30 minutos. “Cáustica, ardente e impiedosa, como se alguém usasse uma furadeira para cortar uma unha encravada ou jogasse um copo de ácido clorídrico num corte da pele” é a descrição de Schmidt para as picadas da formiga-feiticeira ou da formiga-aveludada – dois tipos de vespa.
No topo da dor, no quarto nível, estão as picadas que causam dores paralisantes, como a Pepsis grossa ou Pepsis formosa, também tipos de vespa caçadoras de tarântulas. A picada delas é “virulenta, cegante, horrivelmente elétrica, como se alguém jogasse um secador de cabelo ligado no seu banho de espuma.”
A pior dor é provocada por uma formiga, conhecida como cabo-verde, tocandira, naná, saracutinga e formigão-preto. Esse pequenino inseto é capaz de provocar uma dor aguda que chega a torturar a vítima por até 24 horas.
A dor provocada por essa formiga é descrita como “uma dor pura, intensa e irradiante, como se alguém corresse em cima da brasa ardente com um prego enferrujado de 7 cm enfiado no calcanhar”.
Um outro entomólogo, Christopher K. Starr, que também desenvolveu uma escala de dor, avaliou as mesmas picadas de insetos que Schmidt como sendo as mais dolorosas.
Embora cada um saiba – ou não – o limite da sua dor, essas pesquisas já nos oferecem uma boa razão para evitar o contato tátil com certos insetos mas, muito além do fato deles poderem nos picar, e sim porque nos animais selvagens não se toca, se respeita. Os bichos não nos causam dor e sofrimento pelo prazer deles, eles simplesmente se defendem. Lembrem-se disso 🙂
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