Fukushima, 3 anos depois…E o Brasil com isso?


Fukushima, ontem completou três anos o acidente que foi considerado como o terceiro maior acidente nuclear da história e que deixou mais de 20 mil vítimas em apenas um dia.

O acidente foi provocado por um terremoto de 9 graus de magnitude que atingiu uma área onde havia vários reatores operando. Devido à queda de energia provocada pelo terremoto, foram acionados os geradores que ligam o sistema de refrigeração. A queima de 3 destes reatores causou o acidente, pois mesmo quando um reator é desligado e o processo de separação do núcleo do átomo de urânio, fissão nuclear, cessa, ainda são produzidas radiações que liberam o calor. Devido a falha no sistema de resfriamento ocorreu a explosão e a emissão da fumaça radioativa. As explosões e radiações mataram, indiretamente 1.650 pessoas, em poucos dias.

Autoridades japonesas designaram como nível 7, o mais alto índice da Escala Internacional de Acidentes Nucleares.

Em abril de 2013 houve um vazamento de água radioativa dos tanques subterrâneos de armazenamento. A Tepco, companhia elétrica de Tóquio, responsável pelo gerenciamento das usinas informou que o vazamento tinha sido mínimo e que estava tudo controlado, porém que a capacidade de armazenamento de água já estava com 80% de seu uso e que parte dela poderia ser lançada ao mar, após passar por um processo de purificação.

Após três anos ao acidente o complexo nuclear permanece destruído e a reconstrução caminha em passos lentos. Uma pesquisa do canal público de NHK aponta que 95% dos japoneses se preocupam com a atual situação da central de Fukushima e que 85% são a favor da redução do uso de energia nuclear no país, mesmo com a grande maioria a favor da redução, o governo japonês, envolve em suas políticas energéticas a reativação das usinas nucleares, já para 2014.

E a energia nuclear no Brasil? Em 2006 o Brasil inaugurou sua primeira fábrica de enriquecimento de urânio, apostando na solução para a crise elétrica brasileira, o investimento nuclear brasileiro se consolidou.

Enquanto o mundo diz não à energia nuclear, o Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo.

Há cerca de 3 mil instalações de exploração de energia nuclear em todo país. A energia produzida a partir da energia nuclear, no cenário brasileiro, ainda é pequena em relação a energia produzida a partir das hidrelétricas.

Atualmente a Central Nuclear Brasileira, conta com duas usinas em operação, Angra 1 que iniciou sua operação comercial em 1985 e Angra 2 que começou a operar em 2001. As usinas contribuem para a matriz elétrica brasileira e juntas geram um terço do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro. Angra 3 é a terceira usina da Central Brasileira, ainda em fase de instalação com previsão para iniciar as operações em 2016. A Angra 3 promete gerar 1080 megawatts de energia elétrica.

Será mesmo que com tanto sol e vento não temos outras alternativas para a crise energética no Brasil?

Fonte foto: Morgue File




Redação greenMe

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