Gelo da Antártica tem redução de quase 20% em sua espessura


Um estudo feito Agência Espacial Europeia e publicado pela revista Science, revelou que a espessura do gelo em torno da Antártica, o continente gelado, diminuiu em torno de 18% entre os anos de 1994 e 2012. As informações foram obtidas por meio de satélites, que monitoraram as reações do gelo de acordo com as mudanças climáticas.

A redução é significativa, principalmente por se tratarem de plataformas maciças de gelo, com espessura média entre 400 e 500 metros, podendo se estender por centenas de quilômetros na costa antártica. Os estudos acreditam que o degelo acontece, ao menos em parte, por conta do aquecimento global, em mais uma possível prova, para os que não acreditam no fenômeno, de sua existência e dos perigos que ele representa para o futuro do planeta.

As prateleiras de gelo monitoradas são maiores do que a Califórnia e são os sustentáculos do sistema de folha de gelo da Antártica, retendo os milhões de quilômetros cúbicos de gelo contidas nas geleiras que existem por lá. À medida que as camadas de gelo ficam finos, os enormes rios de gelo por trás deles podem surgir no mar, elevando seus níveis.

E isso serve de alerta para o fato de que o continente possui gelo suficiente para, se tudo derretido, aumentar os níveis dos oceanos em mais de 200 pés. É bem verdade que isso levaria de centenas a milhares de anos, mas o recente enfraquecimento dos bancos de gelo significa que já houve um aumento na taxa de contribuição da Antártica ao aumento do nível do mar, e está acelerando.

O derretimento das plataformas de gelo ou o rompimento de icebergs não são eles próprios sinais de mudança climática, é bem verdade. Eles também são processos naturais que ajudam a manter a massa de uma geleira em equilíbrio: A neve que cai no interior do continente adiciona gelo da geleira, enquanto o derretimento de plataforma de gelo e iceberg acontecem para manter a geleira em equilíbrio.

Porém, foi descoberto que as enormes plataformas de gelo estavam perdendo, no seu conjunto, cerca de 30 a 50 milhões cúbicos de gelo por ano durante 1994 e 2012. E nesse período, a taxa de perda de gelo acelerada por uma média de 7 quilômetros cúbicos por ano.

A grande perda

A história do degelo varia de geleiras específicas e as diferentes regiões da Antártida, com muito mais perda de gelo na Antártica Ocidental do que a Antártica Oriental e para particulares geleiras no oeste.

A Antártida Ocidental tem sido um dos principais focos de pesquisa do clima polar sul, em parte por causa dos sinais claros de derretimento, bem como algumas plataforma de gelo entrando em colapso nas últimas décadas.

Como um todo, metade do continente tem visto um aumento de 70% da sua taxa média de perda de plataformas de gelo, conforme os dados de satélite mostraram. As zonas marítimas Amundsen e Bellingshausen tinham particularmente altas taxas de perda, enquanto as duas regiões respondem por menos de 20% da área da plataforma de gelo da Antártida Ocidental, eles contribuíram com mais de 85% do volume perdido lá durante o período do estudo.

Isso mostra, segundo o cientista da Universidade da Califórnia e autor do estudo, Fernando Paolo, que o volume total de gelo está decaindo e sim, isso faz parte do ciclo natural, mas também que houve uma aceleração não-natural na última década.

O que pode ocasionar na perda de metade do volume das geleiras nos próximos 200 anos se nada for feito para mudar os efeitos do aquecimento global, de acordo com os dados dos pesquisadores.

Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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