Didymo, uma alga fruto da mudança climática que causa dano ao ecossistema


Didymo (Didymosphenia geminata), também conhecida como Rock Snot, é uma diatomácea, espécie de alga, de água doce e profunda, comumente encontrada em rios e lagos no norte da Europa e na América do Norte, mas sua presença vem se tornando conhecida também em águas mais quentes e baixas como as da costa oriental do Canadá.

A proliferação e a mudança comportamental da Didymo, causa preocupação aos cientistas, por causar danos ao habitat, alterar o ecossistema e a cadeia alimentar de onde proliferam. A alga pode produzir rapidamente biomassa excessiva em condições onde há escassez de nutrientes em frias temperaturas; se assemelha a grossos tapetes que cobrem os alimentos. Cientistas teorizam que esta diatomácea, aparentemente resistente a biodegradação por bactérias e fungos, recolhe nutrientes da corrente fixando-as em seu tapete fibroso, impedindo que outras espécies consigam alimentos.

As razões para a sua rápida disseminação não são claras, a vazão e a alta exposição à luz ultravioleta são condições favoráveis em águas pobres de nutrientes. Sarah Spaulding, ecologista aquática do Serviço Geológico dos EUA, explica que até pouco tempo atrás, acreditava-se que Didymo tinha poucas tolerâncias ambientais, porem o seu crescimento excessivo ocorre em escalas físicas e químicas mais amplas e possuem resistências mais longas sobre grandes áreas. A proliferação da Didymo é diferente das proliferação de outras algas, pois está associada às águas com pobres nutrientes. Recentemente pesquisadores descobriram que a concentração de oxigênio dissolvido dentro dos tapetes é extremamente alta. É possível que haja produção de oxigênio por microrganismos. E para descobrir como Didymo alcança sua biomassa é necessário determinar sua fonte de nutrientes e seu fluxo de oxigênio.

Uma outra pesquisa sobre a Didymo revela que estas algas viscosas não são tão novas como se pensava. Os pesquisadores descobriram que o tapete apenas tornou-se mais comum, como resultado de temperaturas mais quentes. “O encontramos em sedimentos datados de 1970 – diz- Michelle Lavery, autora principal da pesquisa, e também tem sido relatado em relatórios históricos de 1910 e 1896”. Então, mais uma vez, a culpa pode ser das mudanças climáticas, agora de volta com essa força.




Redação greenMe

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