Adeus agrotóxicos: insetos podem substituir pesticidas contra pragas


Um das principais discussões acerca do uso de pesticidas e agrotóxicos no Brasil é a necessidade desses químicos para combater pragas em lavouras. O nosso clima tropical acaba favorecendo o surgimento delas, o que pode acarretar a perda de toneladas de alimentos.

Entretanto, como sabemos, o uso de agrotóxicos contamina os alimentos e interfere, pois, na nossa saúde e no meio ambiente. Como, então, evitar pragas e manter as lavouras “limpas”?

O biólogo alemão Peter Katz há anos vem pesquisando o papel de insetos no combate a pragas. Atuante há mais de 20 anos, a sua empresa cria insetos e envia os seus ovos a clientes, principalmente, da iniciativa privada de toda a Europa.

Eficácia comprovada

O seu método já teve a eficácia comprovada, embora não seja adequado para qualquer tipo de plantação e região. Conforme explica o biólogo para a agência alemã de notícias, a DW, um dos insetos mais pesquisados por sua equipe, devido à sua eficácia no controle de pragas, são as joaninhas. O único problema delas é que, se usadas em ambientes abertos, podem voar para longe, logo devem ser utilizadas em plantações de ambientes fechados.

O controle natural de pragas é eficiente se forem usados os insetos no início da infestação. Se uma plantação tem mil pragas, apenas vinte insetos benéficos são suficientes para combatê-las. Por isso, é fundamental detectar a infestação em fase inicial para aplicar os insetos imediatamente.

Katz admite que a eficácia da sua técnica é favorecida na Europa por causa dos invernos frios no continente, enquanto em regiões tropicais e subtropicais ela não teria o mesmo desempenho, haja vista que o nível de infestação é muito mais elevado. Contudo, ambientes controlados, como estufas, também são favoráveis à implantação da técnica do biólogo alemão.

De qualquer forma, técnicas naturais são uma alternativa, ainda que usadas em menor escala, para reduzir os danos ao meio ambiente e garantir a segurança alimentar, pelo menos em países onde é possível aplicá-las ou em produções menores.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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