Poluição na Cidade do México impedirá a circulação de 40% de veículos


A Cidade do México é conhecida como uma das cidades mais poluídas do mundo.

Por causa disso, a Comissão Ambiental da Megalópole (CAME) emitiu um alerta de poluição atmosférica que impede, a partir de hoje (3), 40% da frota de circular na capital e região metropolitana, além de as indústrias de cimento, químicas, farmacêuticas, de petróleo e energia terem de diminuir suas emissões em 40%.

O limite de poluição no país é de 150 pontos e o alerta veio porque chegou aos 161.

Foram detectados altos níveis de ozônio na zona metropolitana do Valle de México, região correspondente à capital e à zona metropolitana, onde circulam, diariamente, 5,5 milhões de veículos, considerados uma das principais fontes poluentes da megaurbe.

Em 14 de março, pela primeira vez em 13 anos, foi declarado durante quatro dias estado de “contingência ambiental”, por ter-se alcançado 194 pontos do índice metropolitano de qualidade de ar.

Em 30 de março, devido à perspectiva das elevadas temperaturas e ao escasso vento esperados no Valle de México entre abril e junho, a CAME decidiu baixar de 190 para 150 o índice.

Ante o último registro, a CAME adotou as medidas de diminuir a circulação de veículos em 40% e reduzir entre 30% e 40% as emissões das indústrias.

Em março, o programa conhecido como “Hoy no circula” (Hoje não circula) também foi modificado extraordinariamente para que, a partir de hoje, de acordo com o final da placa dos carros, eles fiquem parados em 20% e, em caso de contingência, em 40%. Até ontem, os veículos verificados semestralmente e que registram baixos níveis de contaminantes podiam circular todos os dias.

As autoridades recomendaram à população evitar atividades ao ar livre, em especial as crianças e os idosos.

Segundo o último informe Nacional de Qualidade do Ar, de 2013, com base em um estudo do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, em 2010, a contaminação ambiental provocou a morte de 20.500 pessoas em todo o México, tendo os maiores registros na capital, em Guadalajara (oeste) e Monterrey (norte).

Essas medidas causaram desagrado a alguns cidadãos, que nas redes sociais reclamaram que o sistema de transporte público não vai dar conta de atender a demanda.

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Fonte foto: bolsamania




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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