Belo Monte depois da inundação (documentário)


O que é Belo Monte? Destruição de vidas.

Uma luta antiga – desde os tempos da ditadura se falava em um projeto hidrelétrico que usasse as águas do Xingu. Naqueles tempos o nome era outro, Hidrelétrica de Kararaô, por conta da Aldeia Kararaô que seria inundada. Os kararaô lutaram, deram seu brado de guerra e a hidrelétrica mudou de nome, passou a ser Hidrelétrica de Belo Monte.

O documentário foi filmado ao longo dos últimos sete anos – foram documentados os conflitos em torno de Belo Monte, a resistência dos povos do Tapajós, a vida em Altamira, pequena cidade de 80 mil habitantes que, de um dia para outro mais do que duplicou sua população.

As promessas não cumpridas pela Norte Energia – hospital de Altamira, saneamento básico de Altamira, preservação das áreas de cultivo, recuperação da capacidade de trabalho dos ribeirinhos, retirada dos animais das áreas a serem inundadas, retirada e aproveitamento da madeira (que acabou sendo deixada no fundo dos lagos), enfim, tudo o que a justiça ambiental exigia como compensação socioambiental, tudo foi ignorado.

As casas construídas em Altamira para abrigar, longe das águas, aos ribeirinhos, pescadores, foram mal feitas, deficientes e caras. Esta foi a paga para tirar as pessoas da beira do Rio Xingu: que fossem pescar no seco, lhes disseram, em total desrespeito ao ser humano!

A Norte Energia, com o projeto Belo Monte, deliberadamente estabeleceu a ruptura entre as aldeias em uma negociação desigual e corrupta. Na voz de Marcos Palmeira ouvimos o termo “ETNOCÍDIO” – a destruição de povos e suas culturas em prol dos lucros capitalistas. Nenhum respeito à vida!

Não podemos esquecer tudo isso – o Volta Grande do Xingu já está degradado, seus peixes morrem à míngua com o calado reduzido e o volume inexistente pois, parte importante das águas foram desviadas para alimentar uma usina hidrelétrica que não conseguirá produzir nem o 10 % do anunciado.

Pois, os projetistas se esqueceram de que as águas que enchem um rio vêm do céu, na forma de chuva e que esta, a chuva produtiva, depende das matas para poder chover. O ciclo das águas se rompeu e está declinando.

A destruição de vidas – humanas, animais, vegetais – continuou, é o que mostra o documentário do cineasta ambiental Todd Southgate, em narração de Marcos Palmeira, que você poderá assistir no vídeo abaixo.

E aqui outros vídeos que falam sobre este mesmo problema:

Leia mais sobre Belo Monte e os impactos que este projeto vem causando:




Redação greenMe

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