O boom das DSTs em jovens brasileiros que não usam camisinha


O carnaval passou e muita gente ficou com a maior ressaca. Antes da festa mais popular do Brasil, falamos aqui da campanha do governo federal para o uso da camisinha, não apenas para evitar doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), mas, também, uma gravidez, que apesar de ser um evento lindo da vida, quando indesejada, pode trazer muitas complicações. Como todo carnaval tem seu fim, a vida continua e os jovens devem continuar atentos e respeitar seus próprios corpos, porque saúde é fundamental.

O governo, este ano, focou sua campanha na prevenção na Aids, mas a hepatite, por exemplo, é uma coisa simples? Ela pode complicar toda a sua vida. Muitas DSTs são difíceis ou chatas de se tratar.

E são muitas as doenças sexualmente transmissíveis que vêm acometendo os jovens. Uma pesquisa publicada pelo IBGE revelou que 60% DOS ADOLESCENTES BRASILEIROS NÃO USARAM PRESERVATIVO NO ÚLTIMO ANO. Infelizmente, os jovens têm se descuidado ao fazer sexo de forma desprotegida. Isso tem acarretado um número preocupante de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil. E é somente com informação que vem o aumento da consciência sobre a importância do uso da camisinha.

Os jovens não usam camisinha

Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas 56,6% dos brasileiros, entre 15 e 24 anos, usam camisinha com parceiros eventuais, segundo informou a BBC. Isso está gerando um problema de saúde pública para o país. Adele Schwartz Benzaken, que é diretora do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, disse à BBC que: “Nos últimos anos, temos observado que a população mais jovem está reduzindo o uso do preservativo“.

HIV

Como acontece todos os anos, durante o Carnaval, as campanhas preventivas se intensificam para alertar a população, sobretudo jovem, dos perigos do sexo sem proteção. O principal objetivo da campanha deste ano foi chamar a atenção sobre o grande número de pessoas com HIV no Brasil, muitas das quais nem sabem que têm o vírus (cerca de 112 mil brasileiros), o que gera uma enorme preocupação, já que o risco de propagação cresce. Além disso, cerca de 260 mil pessoas têm o vírus, mas não fazem o tratamento.

A pesquisadora e infectologista da Fiocruz Brenda Hoagland diz que a população jovem está mais vulnerável ao HIV, já que houve um aumento de contaminação na faixa etária de 20 a 24 anos, o que representa 21,8 casos para cada 100 mil habitantes.

Outras doenças também preocupam

Mas não só a Aids preocupa, outras DSTs têm se propagado entre os jovens. Especialistas afirmam que doenças como HPV, herpes, gonorreia, hepatites B e C e, principalmente, a sífilis tiveram aumento de transmissão.

No caso da sífilis, que teve um surto epidêmico ano passado, o tratamento, à base de penicilina, é oferecido gratuitamente pela Sistema Único de Saúde (SUS). Os sintomas da sífilis são feridas na região genital e manchas no corpo. Acontece que, muitas vezes, os sintomas desaparecem e a pessoa acha que está curada. Entretanto, Brenda alerta que: “Esse é o grande problema e faz com que o diagnóstico esteja muito abaixo do necessário”.

Prevenção

A prevenção, para qualquer doença, é sempre o melhor remédio.

Usar camisinha é um procedimento muito simples e que não tira em nada o prazer, sobretudo, o de viver!

Principalmente as mulheres devem exigir de seus parceiros o uso da camisinha. Infelizmente, sabemos que muitos homens fazem pressão para não usar camisinha durante o ato sexual. Exija a camisinha, leve na bolsa o preservativo e, caso o seu parceiro insista em não se proteger, escolha pela sua vida e pelo seu bem-estar.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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