8 de Março 2017 – Greve Internacional das Mulheres


8 de Marçodia de luta para as mulheres do mundo todo, dia histórico relembrado a cada ano, data em que foram mortas as operárias têxteis, queimadas nos EUA, em 1876. Mas, este ano, 2017, o Dia Internacional das Mulheres será um dia de greve – greve de todas as mulheres – um dia de luta no mundo todo. Vamos parar, todas nós!

A chamada para essa Greve de Mulheres tem como porta-voz, nada mais, nada menos do que Angela Davis (e outras militantes do movimento feminista internacional) que publicaram o texto “Beyond Lean-In: For a Feminism of the 99% and a Militant International Strike on March 8” .

Um movimento tão fundamental – mostrar ao mundo o valor das mulheres, não só daquelas que têm emprego, não só daquelas que estudam ou fazem ciências mas, de todas as mulheres do mundo – tem que ser bem entendido para que você, mulher, saiba qual é o seu papel.

O chamado: Neste 08 de março, a terra treme.

“As mulheres do mundo nos unimos e organizamos uma medida de força e um grito comum: Greve Internacional de Mulheres

Nós paramos

Fazemos greve, nos organizamos e nos encontramos entre nós. Colocamos em prática o mundo no qual queremos viver.

#NósParamos

Paramos para denunciar:

● Que o capital explora nossas economias informais, precárias e intermitentes.

● Que os Estados nacionais e o mercado nos exploram quando nos endividam.

● Que os Estados criminalizam nossos movimentos migratórios.

● Que recebemos menos que os homens e que a diferença salarial chega, em média, a 26% na América Latina.

● Que não é reconhecido que as tarefas domésticas e de cuidado são trabalhos não remunerados e adicionam três horas a nossas jornadas laborais.

● Que estas violências econômicas aumentam nossa vulnerabilidade diante da violência machista, cujo extremo mais brutal são os feminicídios.

● Paramos para reivindicar o direito ao aborto livre e para que não se obrigue nenhuma menina a enfrentar a maternidade.

● Paramos para visibilizar o fato de que, enquanto tarefas de cuidado não sejam uma responsabilidade de toda a sociedade, nos vemos obrigadas a reproduzir a exploração classista e colonial entre mulheres.

● Para ir ao trabalho, dependemos de outras mulheres. Para migrar, dependemos de outras mulheres.

● Paramos para valorizar o trabalho invisível que fazemos, que constrói redes de apoio e estratégias vitais em contextos difíceis e de crise”. (Leia aqui a íntegra da convocação)

Qual o nosso valor, afinal?

Pare para pensar: sem mulher não há novos filhos portanto, não há futuro!

Bastaria esse fato, não é? Bom, se não basta a frase que coloquei acima então, lembre-se do papel da sua mãe na sua vida, ou da sua avó, da empregada que cuida da sua casa, da babá dos seus filhos.

E, lembre-se também de todas as mulheres do mundo – das invisíveis mulheres do povo que saem de madrugada para trabalhar, carregando filhos às costas (ou os deixando com outras mulheres que os cuidem, sejam essas filhas, irmãs ou mães).

Lembre-se também de que, cada vez que uma mulher é assassinada, em mais um caso de feminicídio, nós temos de gritar #NemUmaMais ou #NiUnaMenos (ou, no idioma que for, o mesmo grito – nem uma mulher mais será violentada, estuprada, assassinada pois, somos todas irmãs e estamos juntas).

“Se nosso trabalho não vale, produzam sem nós” é um dos gritos que se ouve, um dos que se justifica pela diferença, aberrante, de salários entre homens e mulheres que desempenham igual função.

Quem está no comando?

“A Greve Internacional de Mulheres (GIM) – também denominada Paro Internacional de Mujeres (PIM) e International Women’s Strike (IWS) – não pertence a nenhum coletivo ou país em específico. Trata-se de um movimento organizado por mulheres de mais de 40 países.

É maior do que qualquer coletivo ou nação.

É a voz das mulheres que reverbera mais forte, mais unida do que nunca para reivindicar seus direitos” (aqui).

A SOLIDARIEDADE É A NOSSA ARMA

Um dia de 2016 a Polônia parou. Parou porque as mulheres pararam – as que trabalhavam nas ruas pararam, as que trabalhavam nas fábricas pararam, as donas de casa pararam e até as das universidades pararam. Enfim, o país parou na luta pela descriminalização do aborto. E sim, conseguiram.

Um dia, 21 de janeiro de 2017, as mulheres norte-americanas saíram às ruas, por seus direitos, por suas vidas. E nasceu a ideia desta greve internacional de mulheres. 500 Mil marcharam em Washington e a terra tremeu.

Então, minha amiga, minha irmã, leitora do que escrevo, pense nisso, assuma sua posição de luta, pare você também amanhã, quarta-feira, dia 8 de Março, por uma hora. É simbólico mas é de peso.

A “parada” pode ser simbólica – pare de trabalhar neste dia:

Vista uma peça de roupa na cores roxo, lilás ou violeta, ou algum acessório com esta cor, no dia 8 de março, como símbolo de adesão ao movimento.

● Pare suas tarefas – domésticas, profissionais, quaisquer que sejam. A essa ação nós chamamos de “Greve de Braços Caídos”. Cada cidade tem uma hora determinada para parar: algumas cidades brasileiras vão parar entre as 12:30 e as 13:30 h (veja no site 8mbrasil que horas vai parar a sua região).

Pendure uma bandeira na sua janela – um pano, canga ou lenço nas cores roxo, lilás ou violeta.

● Basta você parar uma hora, no dia 8, amanhã, quarta-feira.

● Nem todas nós poderemos parar – tem aquelas que não têm direito à greve ou aqueles de cujo trabalho depende a vida de outro ser então, pare você que pode e lute por todas.

É preciso protestar. É preciso exigir: respeito, condições de vida melhores, salários dignos.

● É preciso defender as que, de nós, são as mais vulneráveis, as que são exploradas, as que sofrem violências.

A SOLIDARIEDADE É A NOSSA ARMA!

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Redação greenMe

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