Relatório da Unicef cita Brasil como exemplo em reformas educacionais


O relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) foi divulgado esta terça-feira alertando para a urgência de investir nas crianças mais pobres do mundo.

No documento, intitulado “Uma oportunidade justa para todas as crianças”, a Unicef cita o Brasil como um bom exemplo a ser seguido nas reformas educacionais: “O Brasil e o Vietnam oferecem lições valiosas sobre como reformar os sistemas educativos”.

No caso do Brasil, o relatório considera uma série de reformas iniciadas nos anos 1990 que aumentou as taxas de matrículas dos adolescentes, bem como os desempenhos escolares.

Entre 2003 e 2012, houve um aumento das taxas de matrícula dos adolescentes de 15 anos de 65% para 78%, sendo que muitas crianças beneficiadas pelo sistema educativo eram oriundas de meios socioeconômicos desfavorecidos.

A avaliação de desempenho, feita no mesmo período, mostra que os resultados médios dos alunos brasileiros no PISA (Programa para a Avaliação Internacional dos Estudantes) aumentaram 25 pontos. Os estudantes mais desfavorecidos tiveram um aumento foi de 27 pontos na avaliação, que é realizada a cada três anos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A Unicef avalia que uma das principais reformas que levou a esses resultados foi a criação de uma comissão independente de avaliação, o Sistema de Avaliação do Ensino Básico, que é um mecanismo transparente de avaliação com um método comum de medição dos desempenhos na aprendizagem.

De acordo com o resultado das avaliação, as escolas mais bem avaliadas ganham mais autonomia, enquanto as que registam resultados deficitários recebem apoio para melhorar os padrões.

Outra medida considerada pelo relatório é que o Brasil investiu mais em Educação, destinando, em 2012, 6,3% do seu Produto Interno Bruto para a área.

Outros destaques dados pela Unicef foram os programas de formação de professores e o Bolsa Escola.

O relatório salienta que o Brasil “mostra que acelerar o progresso educativo para as crianças mais desfavorecidas pode ter resultados positivos”.

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Fonte: lifestyle




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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