Slow life: a arte de desacelerar a vida para viver melhor


Devagar se vive melhor: “slow life” como paradigma para recuperar o significado, a beleza, a criatividade e a autenticidade da vida.

Estamos sempre correndo: perdidos nos prazos, no respeito aos horários, no frenesi das coisas entre casa e trabalho, contatos externos e relacionamentos familiares. Nunca dá tempo para fazer tudo, e quando se faz uma coisa, é porque fomos empurrados pela velocidade para poder dar conta do recado. Sempre projetados para o futuro, o contato com o presente se perde.

Nenhuma surpresa, então, que uma das doenças cada vez mais comum de hoje é o estresse: o dia a dia, o modelo cultural e econômico que nos tentar impor um modo de vida, trabalho, realização e sucesso, de fato, é cada vez mais anti-humano. Tem como objetivo o resultado e não se preocupa – de forma ética – com o processo.

Então tentamos sobreviver como podemos: nosso corpo faz a sua parte. Ele reage, nos encoraja, mas em algum momento tudo se torna exagerado. E por muito tempo. A escassez de recursos entra em jodo. Ele não aguenta mais: e aqui está o estresse, a fadiga, o cansaço. E, também como reação, a necessidade exasperada de atividades liberadoras excessivas, ou de individualismos, de acordo com modelos competitivos, agressivos e predominantes.

A solução não são as técnicas de relaxamento. Não são as férias. Claro, elas funcionam e como. Mas é bom considerá-las apenas como um remédio a ser usado “quando necessário”. O que realmente precisamos não é de um “remédio” que anule ou remova o problema, mas sim de uma verdadeira mudança de paradigma. Uma perspectiva diferente com a qual possamos olhar a vida e nos orientar, o tanto quanto possível em escolhas cada vez mais….lentas.

Inspirada pelo movimento slow food, essa filosofia de vida nos permite abrandar para redescobrir os valores fundamentais, desfrutar da liberdade de ouvir a si mesmo e seu próprio corpo, de realmente se abrir para os outros, de recargar as energias com a natureza, de comer saudável, rever o ritmo do trabalho e as escolhas, concentrar-se em si mesmo mas sem ser egocêntrico. E então, novamente: dar-se mais liberdade, experimentar novos caminhos, fazer pausas apenas para pensar, consumir menos e o melhor, tender à simplicidade.

Dar um tempo a si mesmo. Não estamos falando apenas do bem-estar físico e psicológico; em jogo está muito mais que isso: somente na beleza e na capacidade de permanecer no presente, no grande espaço do aqui-e-agora, podemos encontrar a nossa qualidade mais profunda, dar espaço para a nossa criatividade, construir relacionamentos significativos, desenvolver nossas habilidades empáticas, entrar em contato com a natureza, sentir a respiração do céu e a sacralidade implícita na conexão com tudo o que nos rodeia.

Com perseverança e determinação, pois desacelerar é uma viagem: um processo gradual, um passo após o outro para saborear o máximo da vida.

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Redação greenMe

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