Carnaval: Misturar Álcool com Remédios (contra ressaca, pílulas azuis ou energéticos) é um PERIGO!


Durante o carnaval, muitas pessoas abusam do consumo de bebida alcoólica. São muitos os perigos e as sensações desagradáveis provocados por esse exagero – mas a mistura de álcool com medicamentos, seja para curtir ainda mais, seja para aliviar os sintomas da ressaca, pode ser uma bomba muito perigosa para a saúde. Fique sabendo!

Para combater o mal-estar provocado pelo excesso de álcool, muitos foliões recorrem à automedicação. Especialistas alertam que essa atitude pode provocar muitas complicações, já que álcool e remédio podem ser uma combinação explosiva para o organismo.

Para falar sobre esse assunto, a farmacêutica Angelita Cristine de Melo, que é doutora em Saúde Pública e professora da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de São João Del-Rei, alertou sobre os riscos da ingestão dessa dupla perigosa no programa Tarde Nacional, da Rádio EBC.

A principal dica que Angelita dá aos foliões que não dispensam uma bebidinha é que se mantenham hidratados – com água ou água de coco -, sobretudo porque com o calor que faz esta época do ano, o corpo desidrata mais facilmente.

Relação entre álcool e vários tipos de medicamentos

O hábito de usar simultaneamente álcool e medicamentos pode dificultar o efeito da atuação do remédio no organismo, além de provocar um efeito inesperado.

A especialista ainda alerta sobre o uso de estimulantes sexuais – como as pílulas azuis – com bebida alcoólica potencializar as chances de problemas cardiológicos.

O uso de medicamento para ressaca também pode ser perigoso. Alguns produtos comercializados podem fazer mal para o fígado, assim como o próprio álcool. É preciso estar atento à composição desses medicamentos.

Álcool e energético também são uma combinação explosiva, uma vez que eles têm efeitos aparentemente paradoxais. O volume de urina aumenta quando bebemos bebida alcoólica, enquanto o energético sobrecarrega os rins. Por isso, é fundamental manter-se hidratado ao combinar ambos.

Muita gente faz uso de kits anti-ressaca (aqueles medicamentos ingeridos previamente à ingestão de bebida alcoólica) antes de cair na esbórnia, entretanto, eles não têm eficácia comprovada. O melhor kit é a pessoa saber qual é o seu limite de ingestão de álcool, alimentar-se bem e hidratar-se. Por isso, alimentar-se bem, beber água ou água de coco reduz muito a possibilidade de ter ressaca no dia seguinte.

Sinais de intoxicação por álcool

Há vários estágios da intoxicação por álcool:

  • Num primeiro estágio, algumas pessoas ficam desinibidas e com vermelhidão na pele.
  • Num segundo momento, elas ficam mais desinibidas ainda, podem ficar emotivas, excessivamente sorridentes e sonolentas.
  • Já no terceiro estágio, algumas pessoas passam mal e, no dia seguinte, elas não se lembram de alguns eventos da noite anterior. Assim como o cérebro teve esse “apagão”, outro órgão também pode deixar de funcionar plenamente.

Angelica dá a dica de que, quando for beber, beba lentamente e com o estômago cheio, assim o álcool entra no organismo mais lentamente. Mas a dica mais importante é perceber os estágios de evolução da intoxicação para poder saber a hora de parar de beber álcool. O segredo para não ter ressaca é manter-se hidratado, segundo a especialista.

Além de todas essas orientações, o importante é ter bom senso. Beber, brincar o carnaval e se divertir é muito bom, mas sempre respeitando os outros e a si mesmo.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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