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Os anfíbios, animais pertencentes a um dos grupos mais antigos e fascinantes de seres vivos do planeta, estão cada vez mais sob crítica ameaça de extinção. É o que revela uma nova pesquisa intitulada Ongoing declines for the world’s amphibians in the face of emerging threats, publicada na Revista Nature.
Essa pesquisa coloca em evidência que ao longo dos últimos 150 anos, mais de 200 espécies de sapos, salamandras, cecílias e outros anfíbios desapareceram devido à influência humana.
“40,7% das espécies de anfíbios estão globalmente ameaçadas de extinção”, lê-se no relatório da pesquisa.
As principais ameaças que vêm levando ao declínio as espécies de anfíbios apontadas nesta pesquisa, incluem:
As alterações climáticas, responsáveis por secas, ondas de calor, fenômenos climáticos extremos e incêndios, entre outras consequências, têm um impacto dramático para os anfíbios.
A perda de habitat é outro fator dramático, muitas vezes causado por atividades agrícolas, incluindo a pecuária e a agricultura, que contribuíram para o declínio de 37% das espécies de anfíbios.
Doenças, como a quitridiomicose, devastaram populações inteiras de anfíbios nas últimas décadas, levando algumas espécies à beira da extinção, como por exemplo, o sapo da espécie Atelopus chiriquiensis.
Uma equipe internacional de pesquisa, composta por mais de mil especialistas de todo o mundo e liderada por cientistas do Grupo de Especialistas em Anfíbios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), avaliou o estado de conservação de mais de 8.000 espécies de anfíbios em todo o mundo. Um quarto delas foi avaliado em profundidade pela primeira vez.
Os pesquisadores, liderados pela Dra. Jennifer A. Luedtke, coletaram dados ao longo de dez anos, de 2002 a 2022, e concluíram que 40,7% (quase a metade) desses animais estão em risco de extinção.
Dentre as milhares de espécies avaliadas, 300 estão em perigo crítico. Para 39% delas, as mudanças climáticas são a principal ameaça.
Os especialistas preveem que essas porcentagens aumentarão à medida que mais dados forem encontrados, pois os anfíbios são particularmente sensíveis às mudanças em seus habitats naturais. A espécie Craugastor myllomyllon é um exemplo dessa vulnerabilidade, pois não é vista há mais de 50 anos e está considerada extinta devido à perda de habitat.
À medida que as mudanças climáticas e a destruição de habitats aumentam, os anfíbios são cada vez mais vulneráveis e incapazes de se adaptarem. Nesse triste contexto, proteger e restaurar florestas torna-se fundamental para a preservação das espécies de anfíbios e em geral da biodiversidade da Terra.
Fontes:
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Categorias: Animais em extinção
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