Contra o desperdício, bagaço de maracujá vira creme antirrugas 


O maracujá é uma fruta muito usada no preparo de sucos, drinques, doces e que também pode ser consumida pura. Mesmo com toda essa variedade de possibilidades, o bagaço do maracujá, muitas vezes, é descartado. Mas isso está com seus dias contados.

O bagaço agora é a matéria-prima principal de um creme antirrugas lançado por uma pequena empresa de cosméticos.

Produzido de maneira completamente sustentável, o cosmético aproveita o bagaço, que possui compostos bioativos importantes como:

  • Tocotrienóis;
  • Carotenoides;
  • Ácidos graxos;
  • Polifenóis,

que têm diversas aplicações e usos possíveis na indústria de cosméticos.

O produto

Os extratos do bagaço do maracujá foram recombinados em uma miniemulsão, uma forma de emulsão composta por gotículas micrométricas.

Foram feitos diversos testes in vitro com a intenção de identificar marcadores com poder antioxidante e que inibem as enzimas responsáveis pela degradação do colágeno e da elastina na pele.

Os testes clínicos feitos com 16 mulheres resultaram na comprovação das seguintes propriedades:

  • Redução de manchas na pele;
  • Grande redução no nível de rugas;
  • Aumento da hidratação facial.

Por que o bagaço do maracujá combate o envelhecimento?

Os pesquisadores mapearam a forma como os bioativos do bagaço do maracujá atuam no combate às manchas da pele ao comprovar uma rota determinada de atuação do creme nesse processo.

O creme atua especificamente na inibição da enzima que é responsável pela produção de melanina.

Além disso, também foi identificado um aumento da expressão gênica de marcadores que possuem relação com a longevidade das células.

A empresa utiliza só técnicas sustentáveis de modo que o bagaço que sobra da indústria é processado, padronizado e submetido a uma extração dupla que resulta em um extrato lipídico e um aquoso.

Essa pesquisa contou com o apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

Leia AQUI a reportagem completa publicada no site da Fapesp.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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