3 Rs que minam nossa energia e roubam nossa saúde: Remorso, Rejeição e Ressentimento


Nossas emoções e sentimentos moldam o modo pelo qual vemos as nossas vidas. Existem 3 sentimentos que interferem negativamente na nossa visão de mundo. São os assim chamados 3 Rs: Remorso, Rejeição e Ressentimento.

Já parou para pensar em como estes sentimentos afetam sua vida?

Não apenas a nossa visão de mundo muda tendo esses sentimentos pesando sobre nós. Até o nosso estado físico de saúde fica abalado dentro destes estados emocionais.

Sentimentos negativos são nocivos sob diversos pontos de vista, e são vários os sentimentos que impactam no nosso bem-estar. Mas vamos falar especificamente do Remorso, da Rejeição e do Ressentimento, pois esses são os piores sentimentos na opinião dos especialistas.

Remorso

De acordo com a psicóloga Marisa de Abreu Alves, a palavra remorso está relacionada ao arrependimento. No entanto, o remorso é mais voltado para atos que envolvem questões morais e pessoais.

Segundo ela, o sentimento de remorso é visto como algo maior do que a culpa, porém ele pode ter um lado positivo, que é quando a pessoa percebe que causou danos a uma ou mais pessoas e não quer repetir o erro futuramente.

Quando não é possível livrar-se do remorso sozinho, recomenda-se procurar ajuda de um psicólogo. Muitas vezes a pessoa tem vergonha até mesmo de falar sobre o ato cometido, por isso o profissional poderá ajudar conduzindo a conversa sem que seja necessário falar abertamente sobre o assunto.

Do ponto de vista energético, o remorso leva ao rebaixamento da frequência, justamente por ter uma relação muito forte com a culpa e a vergonha. Essas são as frequências mais baixas que uma pessoa pode ressoar, por isso ela precisa de ajuda para sair delas.

Para isso, é necessário desfazer-se das crenças arraigadas, assumir a culpa, pedir desculpas e tentar reparar o erro. Todos somos passíveis de errar, mas devemos aprender com os erros e sermos pessoas melhores.

Rejeição

A rejeição é outro sentimento ruim, e está ligado a experiências e sensações de descaso e desmerecimento, que o rejeitado possa ter vivido anteriormente.

Normalmente a rejeição é sentida pelo afastamento de algumas pessoas ou mesmo pelo desprezo, isolamento e desconfiança.

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A psicóloga Marisa de Abreu diz que a rejeição pode ser imaginária, ou seja, a pessoa já sofreu uma rejeição anteriormente e carrega a sensação para outros momentos em que ela não acontece de fato.

A rejeição real acontece quando a companhia de determinada pessoa não é desejada. Seja pelo estilo dela não se enquadrar com as características de determinada pessoa ou grupo, ou mesmo por vivências passadas sofridas entre as partes. Nesse caso, a psicóloga orienta a fazer uma reflexão e identificar se de fato a rejeição existe e como será possível corrigi-la.

Além disso, a rejeição também pode ser provocada de forma inconsciente, quando a pessoa não percebe o que está fazendo, e o medo de ser rejeitada ativa sua autodefesa e provoca comportamentos desagradáveis para outras pessoas.

Dessa forma, dado que a pessoa não consegue  se comportar adequadamente,  seu comportamento acaba provocando a rejeição das pessoas (uma espécie de autoboicote inconsciente). Em outros casos, a pessoa tem tanta certeza que será rejeitada que acaba fazendo com que a rejeição de fato  ocorra.

Na maioria dos casos, a origem da rejeição vem da infância que a pessoa teve. Pais, professores e amigos, declaram suas preferências para uns e acabam por isolar ou ignorar outros, sem se darem conta do trauma que podem causar na vida daquele que foi rejeitado.

As consequências de uma rejeição estão associadas a outros sentimentos como abandono, fracasso, busca por aprovação, pessimismo, entre outros. Tudo isso prejudica o desenvolvimento social do indivíduo, bem como as possibilidades de relacionamento e de crescimento.

Para ajudar a enfrentar essa situação, é muito importante buscar ajuda de um psicólogo que irá investigar as causas para entender a origem e buscar a melhor maneira de ajudar.

Ressentimento

O ressentimento é o sentimento mais perigoso e o mais comum atualmente. Trata-se do ato de sentir e ressentir mágoas, raivas ou ofensas de maneira constante, relembrando várias vezes uma situação ruim que aconteceu em determinado momento da vida.

Ressentir uma emoção ou sentimento intoxica o corpo como um todo e provoca um estado de ser nocivo, onde vemos o mundo de maneira mais hostil, injusto e perigoso. É por isso que o ressentimento é considerado uma autossabotagem, pois cria uma armadilha em quem o pratica, tornando cada vez mais fácil acioná-lo e, consequentemente, intoxicando quem o ressente.

De acordo com o filósofo Friedrich Nietzsche,

“o ressentimento, a ninguém é mais prejudicial que ao próprio ressentido”.

Quem sofre ressentimentos não encontra saídas, fica paralisado, não consegue lutar e vencer o medo. Isso faz com que a pessoa se torne cada vez mais incapaz e doente, pois afunda lentamente no seu próprio ressentimento. Essa atitude afasta ainda mais a pessoa da saúde e ela acaba criando uma realidade inexistente e inacessível.

Segundo Nietzsche, apesar de todo caos que o ressentimento causa, é dele que surgem as forças para a recuperação do ressentido.

“É preciso ter ainda o caos dentro de si, para poder dar à luz uma estrela dançante. Eu vos digo ainda, tende o caos dentro de vós”, outra frase de Nietzsche retirada do site Razão Inadequada.

Busque a cura

O processo de cura deste e dos demais sentimentos citados anteriormente, depende não só do acompanhamento profissional de um psicólogo, mas também da percepção, da aceitação e do perdão que a própria pessoa precisa buscar e praticar, para si e para os outros.

Terapias e autoanálise também são indicadas para ajudar no processo de consciência, mudança nos padrões enraizados e até mesmo de limpeza energética. Busque ajuda para sair do automático e ressignificar a sua vida. Valorize-se!

Deixamos dois vídeos para você se aprofundar no tema, e buscar as várias saídas que existem para se livrar das amarras emocionais que minam a nossa energia e roubam a nossa saúde.

Sobre a grandiosidade do perdão

Com Luís Mauro Sá Martinho, doutor em Ciências Sociais para a Casa do Saber.

Sobre ressentimentos

Com o psicólogo Marcos Lacerda do Nós da Questão.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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