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Mentir faz parte da natureza humana, mas quando vira compulsão, pode ser sinal de uma doença chamada mitomania.
Segundo especialistas, a mitomania, ou doença da mentira patológica, é um transtorno psicológico caracterizado pelo ato compulsivo de mentir. Alguns casos são tão graves que a pessoa mente até mesmo sobre questões de saúde, fingindo algum surto, amnésia ou doença física, fraudando inclusive exames médicos para “validar” a mentira.
Embora sejam “apenas” mentiras, é muito fácil acreditar no que os mitomaníacos dizem, mas então, como não cair na lábia deles?
Quem escuta uma mentira muitas vezes sente uma pulga atrás da orelha e, para saber se a desconfiança tem fundamento, os psiquiatras alertam para as características sobre as mentiras sustentadas pelos mentirosos patológicos:
Ao contrário do que se pensa, os mitomaníacos não mentem para conseguir algo a qualquer preço, mas sim o fazem por vício e por prazer de mentir.
Já os sociopatas mentem com o intuito de persuadir as pessoas, em troca de algo ou objetivo.
De qualquer forma, os cientistas dizem que a mitomania está relacionada a transtornos de personalidade, porque os mentirosos compulsivos inventam mentiras para se sentirem aceitos e interagirem melhor em grupos. Sendo assim, fica difícil mesmo saber em que tipo de patologia, ou de distúrbio de personalidade, a mentira compulsiva é sintomática.
O diagnóstico para a doença da mentira patológica é feito por psicólogos e psiquiatras, mas mesmo assim é difícil de identificar essa doença.
Quando isso acontece é porque o mitômano continua mentindo, mesmo quando suas mentiras já foram reveladas.
Outro fator que ajuda no diagnóstico é o teor das mentiras, pois muitas vezes elas são extremamente fantasiosas e incongruentes (o que talvez possa ser sintoma de um problema ainda maior).
Vale ressaltar que “mentiras sinceras”, como dizia Cazuza, todo mundo comete. É aquela mentirinha social que não faz mal à ninguém. Já quando a mentira é constante, tem o dolo de prejudicar alguém ou, mesmo não prejudicando terceiros prejudica o próprio mentiroso, é bom ficar de olho. Ninguém é feliz fugindo da realidade.
O tratamento para a mitomania é difícil, pois os mentirosos compulsivos não entendem que isso é uma doença e nunca pedem ajuda. Normalmente quando o fazem é porque tiveram contato com algum psiquiatra, ou porque tiveram problemas com as autoridades.
Além disso, suas mentiras complicam a vida social, seja em família ou relacionamentos, nos quais as pessoas com as quais convivem o mentiroso, passam a não confiar mais nele e rompem relações.
Se você convive com pessoas mentirosas ou se identificou com o perfil do mitomaníaco, tome cuidado para não se influenciar e saiba como agir para não piorar a situação. Especialistas em coaching e autoconhecimento dão dicas sobre o assunto:
De toda forma, uma mentirinha ou outra, apesar de feio, é normal, desde que não faça mal a pessoa alguma. Quando vira um hábito e toma proporções maiores, é sinal de que alguma coisa não vai bem e precisa ser investigado. Mentir para proteger alguém ou para evitar problemas maiores, não é perigoso, do contrário pode ser um caminho sem volta para a desconfiança.
Credibilidade nos relacionamentos também é sinal de saúde!
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Categorias: Saúde e bem-estar
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