Será que você bebe demais? Reveja sua relação com o álcool e liberte-se


Quem nunca, após uma ressaca, prometeu a si mesmo jamais beber uma gota de álcool por toda a vida?

Beber demais, além da ressaca, traz inúmeros problemas, tanto sociais como de saúde. O excesso de álcool definitivamente não faz bem. Claro que beber, como ato social, envolve prazer, diversão, reunião com amigos, enfim. Entretanto, há quem, após uma noitada, tenha uma espécie de “dengue existencial” ou, até mesmo, uma “ressaca moral”.

Se você está naquele time que gostaria de rever a sua relação com o álcool, talvez este artigo possa ajudá-lo.

Será que sou alcoólatra?

Muitas pessoas bebem todos os dias sem que, por isso, sejam consideradas alcoólatras. Fazem parte daquele grupo que bebe, social ou domesticamente, sem que isso afete qualquer atividade de sua vida cotidiana.

Afinal, qual é o problema de, após um dia de trabalho e cumpridas todas as tarefas, tomar uma ou duas taças de vinho ou uma cerveja enquanto se prepara o jantar? Muitos apresentarão pesquisas que dizem que beber diariamente uma taça de vinho faz bem ao coração. Mas será que faz mesmo e para todos?

Essa afirmação é perigosa, pois as pessoas têm ritmos de vida e perfis variados. Uma pessoa que trabalha o dia inteiro sentada diante de um computador poderia desfrutar de tal benefício como uma pessoa que trabalhou o dia todo na lavoura, por exemplo? Qual seria a dose indicada para cada uma? Enfim, é arriscado prescrever a tal tacinha de vinho sem levar em consideração algumas variáveis.

À medida que os anos avançam, a nossa relação com a bebida se altera. A dengue existencial é mais constante, a nossa disposição para trabalhar ou fazer uma atividade física é afetada e problemas de saúde podem aparecer.

Mas como largar a tacinha redentora de vinho ou a loirinha gelada? Afinal, somos merecedores delas. Acordamos cedo, trabalhamos, vamos à academia, corremos, levamos os filhos à escola. Logo, por que eu não mereço esse pequeno prazer? Ele não me faz mal, não afeta os meus afazeres, portanto, que mal há? Merecemos tantas coisas, não é mesmo? Mas, se usarmos esse pretexto para tudo, nos transformaremos em adultos mimados.

A questão que, talvez, seja importante nortear uma reflexão sobre a nossa relação com o álcool é: eu realmente preciso beber todos os dias? Isto é: eu sinto falta de beber? Se a sua resposta for “sim”, quem sabe não seja válido pensar sobre isso?

Reveja bem…

Uma revisão sobre a nossa relação com a bebida pode nos trazer vários benefícios – assim como, supostamente, cremos que a bebida nos traz. Um deles – e o mais óbvio – é não precisar dela, o que é bastante libertador. Há pessoas que não se imaginam indo a um bar e pedindo uma água com gás com gelo e limão, porque isso lhes parece algo extraordinário.

Um outro benefício é o financeiro. A economia com bebidas alcoólicas pode ser empregada em tantos projetos, entre eles, uma visita a um vinhedo. Porque a questão aqui não é parar de beber (a não ser que você queira), mas é refletir e avaliar a nossa relação com a bebida. Beber menos e com mais qualidade potencializa o prazer que a bebida pode oferecer.

E, claro, a saúde agradece, pois o álcool causa inúmeros problemas para ela, como: câncer, problemas hepáticos, envelhecimento precoce, cardiomiopatia, impotência sexual, entre outros.

Podemos nos embriagar de muitas outras coisas que não de álcool, como sugere o poeta francês Charles Baudelaire:

“É hora de vos embriagardes! Para que não sejais escravos martirizados do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, a vosso gosto”.

Se é para nos embriagarmos, vamos equilibrar as doses: mais poesia e virtude do que vinho, cerveja ou qualquer outra bebida.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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