Vinho tinto faz mesmo bem à saude? Há controvérsias!


Tomar um vinho em boa companhia ou, até mesmo, durante o jantar, sozinho que seja, é realmente um prazer. Após um longo dia cheio de afazeres, chegar em casa e abrir um garrafa de vinho é algo relaxante. Embora haja muitas pesquisas que afirmam ser benéfico beber vinho, há outras que discordam dessa tese.

Vinho tinto faz bem

As pesquisas que dizem ser o vinho benéfico à saúde destacam os seguintes pontos positivos da bebida:

1. Alonga a vida e reforça o coração

2. Combate a acne

3. Vinho tinto é bom para combater derrame, diabetes e câncer

4. Faz bem aos dentes

5. Combate o estresse

Vinho tinto faz mal

Contudo, há outras pesquisas que contradizem a tese de que vinho faz bem `a saúde, pois qualquer bebida alcoólica, na realidade, faz mal ao organismo, mesmo em pequenas quantidades.

Uma dessas pesquisas foi feita pelo American Institute for Cancer Research e pela International Agency for Research on Cancer, que afirmam não haver quantidades seguras para o consumo de álcool. Ou seja, tolerância zero para o álcool.

Os problemas causados pelo álcool, segundo essa pesquisa, são muitos: obesidade, inchaço, envelhecimento precoce e o aumento do risco de câncer, de qualquer tipo.

Quem, afinal, está com a razão?

O programa Trust me I am a doctor, da BBC, tentou descobrir onde está a verdade no meio dessa controvérsia toda.

O consumo de álcool é visto com maus olhos pelos médicos e cientistas devido aos seus efeitos nocivos à saúde. Entretanto, eles costumam ser mais condescendentes com o vinho tinto.

Uma das dietas mais recomendadas por médicos e nutricionistas é a dieta mediterrânea – comum aos habitantes da Grécia, sul da Itália, Espanha e Portugal -, da qual o vinho tinto é parte integrante, bem como grãos, vegetais frescos, queijo, leite, cereais, azeite e frutas.

Dentre os benefícios do vinho tinto com o qual alguns cientistas concordam é que a bebida ajuda a proteger o coração, reduzindo o colesterol ruim e prevenindo o entupimento de veias e artérias.

Mas as divergências entre outros cientistas é que estes consideram um erro achar que o vinho tinto (feito de uvas que contêm polifenóis, nutrientes antioxidantes que protegem o organismo de algumas doenças e retardam o envelhecimento) realmente faz bem à saúde devido às suas propriedades.

O Cancer Research UK, instituição britânica de pesquisas sobre o câncer, é parte desse time. O centro acredita que o consumo de álcool, mesmo moderado, pode aumentar o risco de vários tipos de câncer, já que se estima que a substância seja a causadora de 12,5 mil casos de câncer registrados anualmente na Grã-Bretanha.

Bom senso é fundamental

Há de se levar em conta que o nível de consumo de álcool na Grã-Bretanha é bastante elevado e que uma parte considerável dos problemas relacionados ao álcool não se relacionam com o vinho tinto.

Outro ponto importante a se considerar é que a dieta de países como os Estados Unidos e Grã-Bretanha é muito diferente daquela seguida pelos povos do Mediterrâneo. Aqueles fazem muito uso de comidas processadas, enquanto estes consomem mais alimentos frescos. A combinação da dieta com o álcool também não pode ser desprezada em uma análise, além do modo pelo qual se consome o vinho.

Nos países mediterrâneos, o consumo de vinho normalmente e cotidianamente se dá durante as refeições. Há uma diferença entre beber coca-cola e beber vinho tinto para acompanhar a comida, e mais diferença ainda, entre beber vinho sozinho, de estômago vazio ou simplesmente para se embriagar.

Dependendo da quantidade que uma pessoa bebe habitualmente, “beber moderadamente” pode ser uma grande quantidade. E isso deve ser levado em conta também.

Na dúvida sobre qual opinião seguir, pense sobre qual estilo de vida você acha que é mais saudável e parece ser o melhor: o da população de países como Estados Unidos e Grã-Bretanha ou da população dos países do Mediterrâneo. Eu sei muito bem qual é a opção de que mais gosto!

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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