O horário de verão acabou, mas a economia de energia não


Nesse fim de semana, dia 21, acabou o horário de verão. A medida de economia energética foi implantada no Brasil em 1931, a fim de que houvesse menor consumo de luz durante o período de pico, que vai das 18h às 21h, com o aproveitamento de luz natural.

Como o horário de verão acabou, os consumidores devem tomar como hábitos alguns cuidados no consumo de energia. Pequenas ações de consumo consciente de energia são fundamentais para o meio ambiente e, também, para o bolso, já que houve um aumento considerável na conta de luz no último ano.

O horário de verão tem se mostrado uma medida importante para a redução do consumo de energia. Em dez anos, houve uma redução de cerca de 4,5% na demanda por energia no horário de pico, gerando uma economia absoluta de 0,5%, equivalente ao consumo mensal de energia de uma cidade com 2,8 milhões de habitantes.

Mesmo com essa economia, de 2012 a 2013 houve um registro de aumento de consumo de energia elétrica no Brasil em 3,5%, de acordo com um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Só o consumo residencial teve um aumento de 6,1% em relação a 2012.

Como economizar energia em casa

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Todos nós podemos adotar ações cotidianas, como: apagar a luz ao sair de um ambiente; substituir as lâmpadas de LED pelas fluorescentes (mesmo sendo, num primeiro momento, mais caras, elas gastam menos energia e são mais duráveis); preferir a luz natural durante o dia; usar o chuveiro no modo mais econômico em dias quentes; tirar aparelhos da tomada enquanto não são usados.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem uma cartilha com várias ações de consumo consciente para a população adotar. Dentre as mencionadas, há outras, como: abrir a geladeira o mínimo possível; não guardar alimentos quentes na geladeira; acumular o maior número possível de roupas para ligar a máquina; usar a quantidade indicada de sabão, evitando o modo enxague várias vezes; acumular roupa para passar; e regular a temperatura do ferro de acordo com o tecido da roupa.

Quando você comprar um eletrodoméstico, esteja atento ao selo Procel ou a etiqueta A do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que indicam quais são os modelos mais econômicos.

Um dispositivo eletrônico que merece a nossa atenção é o computador, pois ele costuma ficar aceso o dia todo. É claro que o computador é uma ferramenta de trabalho fundamental contemporaneamente e muitas empresas necessitam que ele esteja 24h por dia ligado. Por isso mesmo, a área de TI (tecnologia da informação) é responsevel por 2% das emissões de gás carbônico na atmosfera.

Em relação aos computadores de uso doméstico, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feita em 2013, estimou que este ano estarão em uso no país 200 milhões de aparelhos.

Vejamos algumas dicas de consumo consciente para o uso do computador:

* Use-o de forma racional: se a máquina for ficar mais de uma hora sem uso, desligue-a.

* Configure seu computador para economizar energia: regule o brilho da tela, tempo para a máquina entrar em modo de espera ou hibernação e esquemas de consumo de energia.

* Desligue os dispositivos que não estão em uso: quando dispositivos como impressora, scanner, sistemas de auto falantes e HD externos não estiverem em uso, desligue-os e poupe energia.

* Desligue o monitor: quando for dar uma pausa, sair para beber uma água, descansar uns minutos ou atender o telefone, desligue o monitor, os monitores LCD consomem menos energia que os modelos mais antigos, mas ainda assim é possível economizar mais se desligados quando não estiverem em uso.

* Conserte em vez de trocar: repense antes de comprar uma nova máquina, se a necessidade da troca for apenas um “deslumbre” por alguma novidade tecnológica vale lembrar que o bom computador é aquele que atende às suas reais necessidades e não aquele que a publicidade afirma ser o melhor. Leve em consideração, também, o que se gasta para fabricar um computador (1.500 litros de água, 1, quilos de combustíveis fósseis e substancias químicas, energia e muito mais).

* Se for trocar: pesquise os aparelhos antes de comprar e prefira os mais econômicos e eficientes energeticamente. Procure, também, conhecer o processo de fabricação dos computadores, dando maior preferência àqueles que tiveram uma produção de menor impacto negativo na sociedade e no meio ambiente.

* Doe seu computador velho: se estiver mesmo decidido a comprar um novo, doe o velho, assim você garante que as matérias-primas, a água, o combustível e a eletricidade gastos na fabricação do seu antigo companheiro não terminem no lixo. Se não tiver para quem doar, uma boa opção são as entidades que recolhem e reaproveitam as máquinas ou parte delas e de seus componentes.

Com pequenas ações, podemos ajudar o meio ambiente e, ainda, economizar na conta de luz.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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