64% das grandes empresas brasileiras não têm metas para redução de emissões


Não são apenas as autoridades mundiais que estão em dificuldades para conseguirem um acordo satisfatório na redução de emissão de gases nocivos na atmosfera. A mesma situação é vivida pelas grandes companhias brasileiras, das quais 64% afirmam não possuir metas ativas de redução de emissões em seus planos estratégicos. E entre as pequenas e médias empresas, o número sobe para 75%.

O plano estratégico de uma empresa é o que dita as ações que elas terão durante o ano todo e, se uma atividade importante como a redução da emissão não está presente em pleno ano de 2015, é porque a redução não esteve, e pode não estar tão cedo, nos planos da maior parte das companhias nacionais.

Estes altos números foram colhidos pelo Sumário do Programa Carbon Disclosure Project (CDP) Supply Chain. O CDP é uma organização sem fins lucrativos com atuação mundial, que funciona com sistema global único, com o intuito de fazer com que as empresas e cidades meçam, divulguem, gerenciem e compartilhem informações fundamentais sobre o meio ambiente do planeta, com os objetivos de diminuir as mudanças climáticas e promover a proteção aos recursos naturais.

O relatório feito no Brasil pesquisou 140 fornecedores, todos indicados por empresas que são membros do programa da CDP. Entre as empresas membro estão gigantes mundiais como a Ford, Walmart, Banco Bradesco, Braskem, Marfrig, Unilever e muitos outros.

Revelou-se que a maior parte das empresas não aderiu à uma gestão consciente sobre os riscos de emissões em seus planos estratégicos, assim como em suas cadeias de fornecedores e clientes.

Outros dados do relatório referem-se aos setores mais propensos a composição de metas de redução de gases de efeito de estufa, que são os setores energéticos e de utilidades.

O CDP cita apenas três empresas como casos de sucesso no relatório. São elas o Grupo Libra (fornecedor da Braskem), Mod Line Soluções Corporativas (fornecedora do Banco Bradesco) e WEG (fornecedora da Marfrig). Elas conseguiram reduzir a emissão de CO2 e também ganhar em eficiência nos processos, na diminuição dos custos e na melhoria econômica do setor de produção.

Das três, a Mod Line Soluções Corporativas recebeu a maior nota, A-, tornando-se a primeira empresa brasileira a alcançar tal nota, e uma das poucas 121, em 3.400 companhias analisadas no mundo inteiro, avaliadas neste nível.

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Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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