Direitos humanos nas escolas municipais de São Paulo


Deveria ser estranho dizer isso, mas parece que as pessoas só se lembram dos direitos humanos em circunstâncias específicas, como os absurdos que acontecem nas prisões brasileiras ou com pessoas em situação de rua. Mas a verdade é que o conceito de direitos humanos se aplica a todas as situações de nosso cotidiano e, claro, também nas escolas.

Homofobia, bullyng, falta de solidariedade com os colegas e até mesmo excesso de autoritarismo ou qualquer tipo de abuso por parte dos professores com os alunos, se configuram como violações dos direitos humanos. E é exatamente por entender essa falha no sistema que a prefeitura de São Paulo decidiu lançar, em parceria com o Instituto Vladimir Herzog, o projeto “Respeitar é Preciso”.

O projeto envolve material pedagógico, composto por cinco livros que debatem as principais violações dos direitos humanos e os que mais acontecem dentro e fora das escolas, para serem trabalhadas com os alunos e professores dentro da sala de aula em toda rede municipal.

A ideia é que as atividades propostas no livro ajudem ambos, professores e alunos, a lidarem da melhor maneira possível com os problemas comuns nas escolas, mas ignorados por muitos, e que ferem os direitos humanos.

O conteúdo do material foi inteiramente produzido pelo Instituto Vladimir Herzog, contando com a colaboração de mais de 650 educadores vinculados a cidade de São Paulo, feitos em oficinas de formação sobre educação em direitos humanos realizadas nas diretorias regionais de ensino. As oficinas ocorreram no ano de 2014. 

A professora da rede municipal, Maria Bento da Purificação, classificou os livros como as “vozes dos professores”, já que seu conteúdo foi desenvolvido nas atividades e dinâmicas que os educadores realizavam, e a tradução dessas aulas criaram os cadernos Respeitar é Preciso.

O lançamento foi feito por uma parceria entre as secretarias municipais de Educação e de Direitos Humanos e Cidadania e contou com a presença do secretário-adjunto de Direitos Humanos, Rogério Sottili, que ressaltou a importância do projeto: “Em prol de uma nova cultura de direitos, de respeito, de defesa da democracia, de valorização da diversidade, para que nós possamos trabalhar em várias frentes, e a frente mais importante, sem sombra de dúvida é a educação”.

No primeiro momento o material será utilizado somente na educação e conscientização dos professores da rede municipal para, a partir do ano que vem, ser aplicado por esses mesmos professores para todos os alunos das escolas municipais aprenderem os importantes preceitos relativos aos direitos humanos.

Esse é o Brasil que queremos e que pode diminuir a criminalidade através da valorização da pessoa humana, tendo como base o respeito aos direitos humanos 🙂

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Redação greenMe

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