Trágico e oficial: os coalas estão quase extintos!


O coala, um dos animais mais doces e afetuosos da Terra, está prestes a se tornar extinto!

Essa espécie está sendo considerada “funcionalmente extinta” e isso quer dizer que ela diminuiu tanto, mas tanto, que não pode mais desempenhar um papel significativo e ativo em seu ecossistema!

Esse alarme está sendo levantado pela Australian Koala Foundation, que alerta que é difícil dizer exatamente quantos coalas ainda permanecem na Austrália, onde são encontrados, mas o que é certo é que eles estão altamente vulneráveis à muitas ameaças, incluindo o desmatamento, atropelamentos, doenças, queimadas e os efeitos das mudanças climáticas.

A situação é grave, pois, com a população de coalas caindo nesse ponto crítico, não poderá mais se reproduzir para a próxima geração, entrando em extinção.

A classificação “funcionalmente extinto” ou “extinção funcional” é uma situação perigosa, pois, se refere à uma espécie cuja população tenha declinado a um ponto em que se torne difícil se desenvolver em seu ecossistema.

Uma espécie extinta funcionalmente é aquela que encontra dificuldade em ter continuidade, mesmo que ainda se reproduza, por meio da endogamia (acasalamento entre indivíduos aparentados), ainda assim, suas gerações futuras se encontram sob ameaça de preservação.

Além disso, algumas populações de coalas que vivem em áreas urbanas, localizadas a 20 km a sudeste de Brisbane estão sofrendo de variação genética reduzida.

Variação genética reduzida quer dizer que a espécie e sua população pode não conseguir se adaptar às pressões seletivas – como mudanças climáticas, limitação de recursos naturais disponíveis – porque a variação sobre a qual a seleção iria atuar, pode já ter desaparecido da população.

Em algumas regiões do interior de Queensland e Nova Gales do Sul, por exemplo, as populações coalas chegaram a uma redução de até 80% devido às condições climáticas extremas, como secas severas e ondas de calor.

Afinal, quantos coalas existem ainda?

É difícil dizer exatamente quantos coalas ainda restam, mas, segundo as estimativas da Australian Koala Foundation, existem apenas 80 mil indivíduos da espécie no continente australiano.

Em uma pesquisa feita em 2016, quando alguns especialistas tentaram estimar as populações de coalas em quatro estados australianos: Queensland, Nova Gales do Sul, Victoria e Terriório da Capital da Austrália (Camberra), foi mostrado que o número total de coalas na Austrália era de 329.000 (variação de 144.000 a 605.000), com um declínio médio estimado de 24% nas últimas três gerações e as próximas três gerações.

A porcentagem estimada de perdas em Queensland, Nova Gales do Sul, Victoria e Austrália do Sul foi de 53%, 26%, 14% e 3%, respectivamente.

Em 2012, os coalas já haviam sido declarados vulneráveis e de lá para cá a situação só piorou.

A causa principal é o desaparecimento contínuo do seu habitat, que são as florestas de eucalipto, problema esse que já havia sido denunciado em 2018 em um relatório da WWF e do Conselho de Conservação da Natureza, além de outros fatores agravantes já mencionados.

Por milhões de anos, os coalas têm sido uma parte fundamental da vida e equilíbrio das florestas de eucalipto, pois, ao comer as suas folhas e defecar no solo da floresta, seus excrementos contribuem para uma importante “reciclagem” de nutrientes vegetais para a terra.

E, mesmo o coala sendo um animal manso que ajuda a Natureza, o que ele recebe de volta do homem é o que infelizmente estamos testemunhando: uma espécie praticamente entrando em extinção!

Espécie esta com registros fósseis conhecidos que datam de aproximadamente 30 milhões de anos e que se faz urgente que medidas sejam tomadas para encontrar formas de protegê-la, garantindo que seja preservada e continue existindo agora e no futuro.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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