Morta uma das últimas 4 tartarugas Yangtze. As gigantes da Nicarágua também em risco


Rafetus swinhoei, a tartaruga Yantze, um réptil da família das tartarugas de água doce (Trionychidae), em perigo crítico de extinção, e da qual restavam apenas 4 exemplares dessa espécie, entre as mais raras do mundo. Infelizmente no último sábado, 13, elas são apenas 3, dado que um exemplar morreu na China.

Era uma fêmea pertencente a essa espécie rara de tartaruga, conhecida como tartaruga-gigante-de casco-mole de Yangtze.

A tartaruga gigante de Yangtze é a maior tartaruga de água doce do mundo, podendo atingir 1 metro de comprimento e pesar até 100 kg.

O habitat natural desta tartaruga era o rio Yangtze e outras vias fluviais do interior da China.

A vida aquática nos rios da China se reduziu bastante devido à caça, à poluição, ao tráfego marítimo, à construção de hidrelétricas na região e a destruição do habitat desses animais.

Esta espécie está muito próxima da extinção, sobraram somente três representantes dela no mundo.

O 4° exemplar morto estava no zoológico Suzhou e morreu com cerca de 90 anos. O falecimento dessa tartaruga ocorreu um dia depois que a equipe da unidade do zoológico realizou uma tentativa de inseminação artificial no animal, usando sêmen de um macho da espécie.

Por vários anos se buscou fazer com que o par de tartarugas se reproduzissem naturalmente e, também, através de inseminação artificial mas, não houve êxito.

Todas as tentativas de fazer com que esta tartaruga procriasse, na esperança de continuar a espécie, não deram certo.

Agora, no zoológico Suzhou, restou o macho com cerca de 100 anos e, além dele, existem apenas dois da mesma espécie de tartarugas, que se encontram vivendo em estado selvagem, no Vietnã e não se sabe os sexos de nenhum deles.

Os pesquisadores do zoológico Suzhou farão autópsia para saber a causa da morte da tartaruga e o tecido ovariano dela foi coletado para pesquisas futuras.

As gigantes da Nicarágua

Infelizmente, a extinção de rara espécie de tartarugas não está só ocorrendo na China, mas também na Nicarágua, precisamente na reserva Chacocente.

Na Nicarágua habita a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) que é a maior tartaruga marinha do mundo.

Todos os anos, de novembro até março, exemplares dessa espécie chegam às margens isoladas da reserva natural do Rio Escalante-Chacocente, na costa do Pacífico da Nicarágua, para desovar e procriar seus filhotes.

Este ano, isto não ocorreu. Nenhuma tartaruga veio e na Costa Rica e no México, também se reduziu bastante o avistamento desses enormes animais, por isso, não houve novos nascimentos de tartarugas nas margens do Rio Escarlate-Chacocente.

Alguns fatores que contribuíram para isso foram a pesca, a caça, o consumo dos ovos de tartaruga como alimento pelos humanos e o aumento da temperatura marítima devido ao aquecimento global.

Por todas estas razões a tartaruga-de-couro do leste do Pacífico, também, é outra espécie em vias de extinção.

Onde vamos parar desse jeito, humanidade?

Quantas espécies de animais teremos que perder antes de agir para impedir isso?

“O homem tem feito da Terra um inferno para os animais”, já dizia o filósofo Arthur Schopenhauer em Aforismos sobre a Sabedoria da Vida – Morte

Precisamos urgente mudar essa triste realidade!

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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