Fukushima – a contaminação radioativa e a cadeia alimentar


O desastre radioativo de Fukushima ocorreu em 2011 (março), você lembra, com certeza mas talvez não saiba que, até hoje suas consequências não foram minimamente controladas, o que dizer a serem minimizadas. Este que foi o maior desastre nuclear ocorrido em todos os tempos não tem prazo para acabar.

Fukushima despeja, diariamente 300 toneladas de material radioativo no Oceano Pacífico e essa pluma de contaminação já se estendeu por todo esse imenso mar, atingindo as costas do continente americano (e não só as costas da Califórnia, claro).

avanço onda gerada terremoto 2011

© NOAA – Mostra avanço da onda gerada no terremoto de 2011, no Japão

Vamos nos lembrar aqui o que aconteceu em Fukushima, em 2011.

Um tsunami chegou à costa do Japão, resultante de um terremoto de grau 9 ocorrido na costa deste país. Pensa-se que este terremoto japonês seja uma réplica do que aconteceu em 2010 no Chile (Concepción). O Japão é um país com tecnologia altamente desenvolvida, que depende em até 30%, das usinas nucleares. Bem, alguns reatores de Fukushima sofreram danos sérios, ocorreram explosões e até hoje não se consegue chegar ao núcleo da questão (ou do reator) para desligá-lo. O resfriamento da área é feito com enormes quantidades de água, do mar, que volta contaminada, para o mar – isso ocorre, ininterruptamente, desde março de 2011, leia mais detalhes aqui.

O que hoje já se sabe é que os seres vivos do Oceano Pacífico estão contaminados, desde plânctons à baleias, com altos níveis de iodo, irídio, césio e hidrogênio radioativo, dentre outros. Também se sabe que estes níveis estão em aumento, ou seja, que as cargas despejadas no oceano não diminuem o que faz com que os índices destes elementos radioativos aumentem exponencialmente, por molécula de água, e que permeia já toda a cadeia alimentar desta porção do globo. Segundo cientistas entrevistados pelas TVs norteamericanas, para “limpar” a área serão necessários de 50 a 100 anos, veja no vídeo abaixo:

Mas, o mais perigoso não é a radiação e sim o silêncio – o silêncio sobre o assunto matará muito mais vida do que a radiação em si. Por isso trazemos o assunto aqui – para que você saiba, pesquise, se informe, investigue, enfim, não fique quieto já que, o mundo é redondo, as águas se comunicam, o mercado global envia peixe de cá para lá, e vice-versa e, no silêncio, nem sabemos se estamos comendo radioatividade em altas proporções ou não.

Não, o objetivo deste artigo não é ser alarmista ou criar pânico mas, lembre-se que, numa Terra redonda, todo impacto causado em um lugar terá efeitos no todo. Então, não pense que você, por ser brasileiro, e comer peixe do Atlântico, não sofrerá impactos negativos do que acontece lá no Oceano Pacífico. Esteja atento e cuide da saúde do planeta, que é a saúde de todos nós.

Este vídeo é um relato bastante interessante sobre a questão da contaminação do Pacífico. Te recomendo que o assista inteiro, escute com atenção a fala do narrador, que é uma pessoa independente que investiga e nos conta tudo o que encontrou:

“É interessante notar que a TEPCO é uma subsidiária da General Electric (também conhecida como GE), uma das maiores empresas do mundo, que tem um considerável controle sobre várias corporações de notícias e políticos. Isso poderia explicar a falta de cobertura de notícias que Fukushima recebeu nos últimos cinco anos?”. Leia mais aqui.

E claro, o oceano é um só, as correntes vão do Japão para as Américas, fazem a volta lá no sul, passam pela Austrália, e contaminam tanto o Atlântico quanto o Índico. Então, nenhum lugar deste nosso planeta azul fica livre de uma descarga radioativa deste porte.

Mas, agora já se sabe que os peixes e mamíferos marinhos que estão chegando às costas americanas, no hemisfério norte, são contaminados pela radiação de Fukushima. O arenque e o atum também já estão contaminados e não só, ursos polares, focas e leões marinhos, baleias e toda a cadeia alimentar, de microorganismos a animais imensos. E a água, que alguns países usam, dessalinizada, para agricultura, usos domésticos ou até, para beber, não estará contaminada também? Claro que sim – e não só a água do mar como as águas subterrâneas, no Japão todo. Bem, mas água não tem fronteiras, certo?

Bom, até pouco tempo atrás, EUA e Canadá fizeram de tudo para calar as vozes que denunciavam os níveis de contaminação radioativa nas costas marítimas do Pacífico Norte porém, agora a morte do oceano já não permite que as pessoas façam de conta não saber – relatos de navegadores contam que o oceano Pacífico, no Hemisfério Norte, é um mar de resíduos plásticos totalmente isento de vida, ou a pouca vida que aparece, está doente. Nesta reportagem você poderá conferir os 28 indícios de contaminação radioativa no Oceano Pacífico.

Em 2014 a radiação medida nas praias da Califórnia estava 500% mais alta do que a medida antes do acidente de Fukushima e “cientistas estão dizendo que o Oceano Pacífico, atualmente, está de 5 a 10 vezes mais radioativo do que quando o governo dos EUA detonaram inúmeras bombas nucleares no Pacífico, durante e após a Segunda Guerra Mundial”.

E pouco se fala da contaminação radioativa que chega ao Hemisfério Sul, pelo Oceano Pacífico – ou na linha do Equador, em países como México, Nicarágua, Costa Rica. Ou na costa do pesqueiro Peru ou no Chile. Pois é, não se fala e não quer dizer que não ocorra (leia mais aqui). Portanto, outra vez o convite para que você investigue, discuta, busca a informação e se aproprie dos caminhos do destino da humanidade.

Especialmente indicado para você:

RADIOATIVIDADE SE ACUMULA NA CADEIA ALIMENTAR? PARECE QUE SIM!




Redação greenMe

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