Desmatamento Zero! A Noruega é o primeiro país a abolir o desflorestamento


Além de já ser um importante financiador de projetos para a conservação de florestas em todo o mundo, e também de apoiar programas de direitos humanos para os povos das florestas, a novidade agora é que a Noruega é o primeiro país do mundo a se comprometer com o desmatamento zero.

Sigamos o exemplo?

O Parlamento norueguês se comprometeu em adotar uma política 100% deforestation-free em seus contratos públicos, ou seja, a nação proibirá qualquer produto em suas cadeias de fornecimento, que contribua para o desmatamento de florestas tropicais.

O mérito seria da Rainforest Foundation Norway que por anos fez campanha para um conseguir um compromisso de desmatamento zero por parte do governo norueguês e divulgou um comunicado dizendo: “A Noruega é o primeiro país do mundo a se comprometer com desmatamento zero na sua contratação pública.” O governo irá impor requisitos para garantir que os seus contratos públicos não contribuam para o desmatamento de florestas tropicais.

O compromisso veio do Comitê Permanente do Parlamento da Noruega sobre Energia e Meio Ambiente em uma recomendação sobre um plano de ação para a diversidade, a Action Plan on Nature Diversity.

Noruega, Alemanha e Reino Unido, durante a Cúpula do Clima da ONU em Nova York em setembro de 2014, declararam suas intenções em promover compromissos nacionais que incentivem as cadeias de produção livres do desmatamento.

Um estudo publicado em dezembro do ano passado, revelou que entre 2000 e 2011, as produções de carne bovina, óleo de palma, soja e produtos de madeira em apenas sete países com altas taxas de desmatamento (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Indonésia, Malásia e Papua-Nova Guiné) foram responsáveis por 40% do desmatamento tropical total e 44% das emissões de carbono.

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O compromisso norueguês é um grande passo dado nos esforços para a proteção das florestas tropicais do mundo, mas outros países devem seguir o exemplo, principalmente Reino Unido e Alemanha que, como vimos, já se declararam dispostos a contribuir para a luta.

Felizmente, empresas do setor privado também vêm se comprometendo a cessar a aquisição de bens que possam estar ligados à destruição de florestas, como disse Nils Hermann Ranum da Rainforest, mas até então, nenhum governo tinha assumido compromissos similares.

Se o Brasil não abrir o olho, além de não conseguir mais exportar sua soja e outras commodities, vai acabar desmatado e sem nenhum outro recurso que se sustente.

As informações são da Climate Action Programme.

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Fonte foto: Wikipedia




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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