Alterar a química da lua para fazer mais luz sobre a Terra: este é o projeto de Brighter Moon


Se você pensou que já ouviu de tudo, pare aqui. Mas, se você estiver curioso, vá em frente e descubra o que está passando pela na mente do Instituto Foreo. “Acendamos a lua para economizar a energia na Terra, sem produzir emissões poluentes”, dizem seus criadores. Mas o projeto Brighter Moon é muito questionável, para dizer o mínimo. “Alterando a química e a física do solo lunar, aumentaríamos sua reflexividade e garantiríamos uma maior quantidade de horas de luz, reduzindo (ou eliminando) a necessidade de iluminação pública para estradas e outras luzes artificiais.”

Luzes elétricas são muito caras? Aqui está a solução! Não importa se seriam interrompidas as rotas migratórias de animais selvagens, apesar da alteração em nossos ritmos circadianos, marés e danos aos ecossistemas que funcionam graças à presença de uma quantidade muito específica de luz solar.

A luz que chegaria à Terra, de acordo com Foreo, seria uma luz refletida. Não será como a luz do dia, para dizer claramente, mas a noite não será mais escura.

Não é nossa culpa, afinal de contas, se a lua tem um albedo baixo (0,12) e não é capaz de refletir mais luz solar. Se a natureza é assim, não devemos forçar as coisas, mais uma vez.

“Ninguém jamais considerou a possibilidade de transformar, até mesmo uma pequena área da face da lua, em um aumento da luz solar refletida em direção à Terra durante a noite”, diz o site, leia aqui.

Felizmente!

“Seria o suficiente alterar quimicamente uma área do tamanho da Suíça para chegar até 80 % do efeito de iluminação desejado.”

Menos postes, menos emissões. Mas acima de tudo, a lua alterada para sempre. Foreo também fornece os números que deveriam nos levar para esta escolha:

• Nações inteiras gastam até 40% de suas contas de energia elétrica para a iluminação pública;

• Europa como um todo gasta US$ 13 bilhões por ano com iluminação pública.

E em termos de redução de emissões de CO2, considerando apenas o Velho Continente, a atmosfera poderia economizar mais de 40 milhões de toneladas.

Mas cuidado, neste caso, o remédio parece ser pior do que a doença.

Esta não é a primeira ideia que se concentra na lua para trazer energia na Terra. Recentemente, tem-se falado de produção de energia solar na lua através de um cinturão de painéis fotovoltaicos em torno dela. Parece surreal? leia aqui. Uma outra idéia vem dos Estados Unidos para captar energia solar no espaço e, em seguida, enviá-la para a Terra.

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O Instituto Fore já arrecadou 38 milhões de euros para o projeto.

Será, portanto, o homem a determinar a quantidade de luz que a lua deverá nos enviar?

E adeus céu estrelado…




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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