Um ano sem produzir lixo: a experiência de uma brasileira


Para alguns poucos determinados, sim, é possível não produzir lixo durante um ano. Foi o que provou a brasileira Cristal Muniz que está agora cumprindo esse ano de compromisso com o meio ambiente, segundo ela mesma conta em seu blog “Um ano sem lixo”, onde descreve, passo a passo, suas descobertas e conquistas.

Há sete meses Cristal se propôs a essa mudança radical na vida, a redução da sua produção de lixo a “quase zero”. A base da sua proposta está apoiada no tripé dos 3R “redução, reutilização e reciclagem” para o quê começou com a redução, significativa, do consumo.

E como reduziu o consumo essa menina?

Bem, passou a comprar seus produtos em lojas que vendiam a granel, portanto reduzindo, a priori, as embalagens em que estes são ofertados normalmente. Para comprar pão, ela leva sempre uma sacola de pano, a mesma, que separou para este uso. Para os produtos cremosos ou líquidos que precisam de embalagem, Cristal também compra a granel e leva seus próprios potes de vidro, já determinados cada um para cada coisa.

Assim fez com alimentos, produtos de higiene e de limpeza. Também prescindiu dos produtos industrializados para limpeza, passando a usar vinagre, bicarbonato de sódio e sabão de coco (creio que também poderia começar a fazer seu próprio sabão em barra, em casa, com o óleo usado na cozinha, mas por ser consumidora de pouco óleo, não havia quantidade suficiente).

Nestes meses de “tentativas e erros” Cristal conseguiu também se libertar dos produtos industrializados como creme hidratante, xampu e condicionador que usa para o corpo e rosto. Cristal pesquisou fórmulas e experimentou criar seus próprios cremes, com base na mistura de óleo de coco, amêndoa, manteiga de karité e de cacau. Tudo comprado também sem embalagem, a granel.

Passou a consumir produtos frescos, comprados na feira próxima e, com os resíduos orgânicos, montou uma composteira doméstica para alimentação do seu jardim.

E os produtos recicláveis que não se pode deixar de usar, estes, ela entrega nos pontos de coleta para reciclagem que a cidade onde mora, Florianópolis, têm.

Mas, uma verdade é que não é fácil de se comprar produtos a granel, não há em todos os lados e também são mais caros que os industriais embalados. Também não se tem a certeza de que esses, vendidos a granel, sejam de origem orgânica. Porém, segundo conta Cristal, ela logrou, ao par e passo com a redução da produção do seu lixo, também uma significativa redução nos seus gastos, apesar de comprar produtos mais caros em feiras orgânicas e a granel.

É uma experiência interessante, que pode e deve ser reproduzida por todos aqueles que buscam a consciência ambiental de uma vida mais saudável.

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Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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