Estudo afirma que metade da população brasileira não tem acesso a saneamento básico


Um balanço preocupante foi divulgado, ontém terça-feira (16), pelo Ministério das Cidades em meio a um dos maiores problemas epidêmicos do país: em 2014, 42,4% dos moradores de áreas urbanas, no Brasil, não tinham acesso ao saneamento básico.

O número preocupa porque o Brasil não conseguirá cumprir, até 2033, a meta de 93% de atendimento de rede de esgoto à população. Segundo o secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Paulo Ferreira, a falta de recursos impede o Brasil de alcançar essa meta, que é básica e essencial. “Às vezes tem municípios que têm dificuldade de gestão para fazer licitação ou obter licenciamento ambiental”, explica Ferreira.

Os dados do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto também inidicam que, em 2014, 6,8% das pessoas não tinham acesso à agua encanada. Entre 2013 e 2014, 2,4 milhões de habitantes urbanos tiveram acesso à rede de água e 3,5 milhões foram atendidos pela rede coletora de esgoto.

Um investimento de R$ 12,2 bilhões foi feito no setor, em todo o país, no ano de 2014. Em 2015, foram concluídos 1,58 mil empreendimentos no setor, chegando a R$ 3,94 bilhões. O Ministério das Cidades encaminhou para empresas e secretarias de estados e municípios os dados levantados. Essas entidades são obrigadas a repassar informações sobre saneamento básico para o ministério para receberem recursos do governo federal.

A falta de saneamento básico e o Aedes aegypti

Além de os dados mostrarem que um número enorme de pessoas não tem acesso a condições básicas de saúde no país, a preocupação sobre a não abrangência de saneamento básico recai sobre a e às doenças que ele transmite, dengue, chikungunya e zika vírus, possivelmente ligada à microcefalia.

“É claro que se você tiver uma população totalmente servida da parte de esgoto, a probabilidade de você ter um criadouro de vetor é muito menor do que se você tivesse um tratamento adequado”, afirma Ferreira. Por isso, à população resta atitudes de prevenção ao mosquito, tais como:

1. Fazer uma correta gestão do lixo, evitando que qualquer objeto possa deixar água parada, local onde a larva do mosquito se desenvolve.

2. Usar repelentes, que sejam repelentes caseiros, que sejam industriais.

3. Cuidar do meio ambiente: apesar das doenças que transmitem, os mosquitos são polinizadores e banquete de sapos, lagartixas e morcegos.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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