Conheça o Parque Nacional de Brasília e sua trilha de 15 km para ciclistas


Brasília não é apenas o berço da política nacional. A capital federal tem muitos encantos naturais que lhe rendem boa fama. Um dos vários lugares bonitos da cidade é o Parque Nacional de Brasília, popularmente conhecido como Água Mineral devido às suas piscinas de água corrente.

A área, que recebe mais de 250 mil visitantes anualmente, tem mais de 42 mil hectares, onde são encontradas as trilhas Cristal Água e Capivara, um Núcleo de Educação Ambiental, a Ilha da Meditação (espaço reservado para a prática da meditação), fauna e flora abundantes e variadas.

Amanhã, 3 de março, é comemorado o Dia Mundial da Vida Selvagem, data que será comemorada pelo Parque Nacional de Brasília com a inauguração de uma trilha de 15 km para ciclistas na qual há duchas no final do trajeto para quem quiser se refrescar após uma aventura sobre duas rodas.

A analista ambiental e chefe substituta da Unidade de Conservação, Daniela Costa, conta que foi planejada uma trilha ampla e bem sinalizada que promete agradar os ciclistas ansiosos pela iniciativa. A trilha é uma expansão da trilha Cristal Água e as duchas são um aproveitamento da água da válvula de alívio de pressão que integra a rede hidráulica do parque, evitando qualquer desperdício.

O trajeto não é exclusivo para ciclistas, podendo ser usado, também, por pedestres, que têm a opção de percorrer também um caminho reduzido, com 6,5 km. “Com as novas atrações esperamos não apenas atrair um novo perfil de visitante, mas o pensamento, a postura de quem vem ao parque. Buscamos uma visita voltada à contemplação. Trabalhamos por uma melhoria na gestão. Precisamos de maior participação da sociedade na conservação do parque, pois sozinhos não conseguimos implementar as melhorias necessárias”, entusiasma-se Daniela.

A história do parque relaciona-se com história da construção de Brasília, na década de 1960, e surgiu da necessidade de proteger os rios fornecedores de água potável para a capital federal, além de preservar a vegetação natural local.

O parque também preserva a fauna local, composta por animais selvagens próprios da vegetação de cerrado. Várias espécies como lobo-guará, jaguatirica, tatu-canastra, anta e tamanduá-bandeira, entre outras, que estão ameaçadas de extinção, são encontradas na área. Dentre as espécies não ameaçadas que são parte da biodiversidade do parque encontram-se mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, moluscos, crustáceos, insetos e pequenos organismos.

LIXEIRAS E MEIO AMBIENTE

Uma inovação encontrada no Parque Nacional de Brasília são as lixeiras com travas ecológicas, que impedem que animais, como os macacos, abram as lixeiras atraídos por restos de comidas.

O modelo inovador, que foi adaptado pelo Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi construído pelos próprios funcionários e funciona com uma chapa de alumínio que só é aberta por baixo, por pressão.

Uma comodidade para os visitantes são as lanchonetes instaladas nas piscinas. Os locais exclusivos para alimentação também evitam que os macacos comam restos de comida. Entretanto, os turistas devem se responsabilizar não dando comida para os animais e nem deixando lixo no parque. “Não deixar comida visível, jogar embalagens e restos de alimento nas lixeiras, não espalhar lixo pelo caminho ao andar pelas trilhas. Atitudes simples, mas que fazem a diferença. Precisamos inserir a sociedade no processo de conservação do Parque”, enfatiza Daniela.

Agora que você conheceu o Parque Nacional de Brasília, vale a pena uma visita a esse lugar preservado no nosso cerrado.

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Fonte foto: guiadasemana




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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