Libélulas, essas grandes caçadoras, estão morrendo


Libélulas são grandes insetos, caçadores exímios, que vivem em áreas naturais pairando sobre águas, comendo larvas, pondo ovos. Com sua atividade caçadora ajudam, e muito, no controle das populações de mosquitos de todos os tipos. Assim também as rãs, os sapos, os camaleões e muitos outros animais comedores de mosquitos.

Com o uso indiscriminado de agrotóxicos, característica fundamental do tipo de agricultura extensiva e invasiva das áreas naturais, estamos agora nos debatendo com as moléstias que os mosquitos nos trazem – os vírus transmitidos pelo Aedes aegypti, por exemplo.

E reclamamos. Que são muitos mosquitos, cada vez mais, invadindo as zonas urbanas de nossas cidades. Antes eles estavam nos pântanos, agora estão em todos os lados, onde houver uma pequenina poça de água.

Sim. Exterminamos, junto com as pragas agrícolas todos aqueles animais que, equilibradamente, controlavam o excedente populacional destas mesmas pragas. Afinal, todos são insetos, todos são sensíveis aos venenos químicos que a Monsanto produz e dispersa pelo ambiente.

Reclamar não adianta. É preciso mudar de tática, claro.

Um estudo recente, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, aponta o uso dos agrotóxicos na cultura da soja como o principal fator de extermínio da população de libélulas em áreas agrícolas do leste do Estado do Mato Grosso. Neste trabalho foi comparado a reação das larvas de insetos e de girinos (anfíbios) e concluiu-se que as larvas de libélula são muito mais sensíveis tendo uma alta incidência de mortandade.

As libélulas estão no topo da cadeia alimentar dos comedores de larvas de mosquitos e quando estas são afetadas pelos agrotóxicos podemos concluir que toda a sequencia foi afetada, perdendo o seu equilíbrio natural e ocorrendo descompensação entre espécies. E aí que umas se tornam pragas – nome popularmente dado a aquilo que é demasiado e atrapalha o que queremos fazer.

Este estudo tomou como base a biota de um ambiente de cerrado preservado e o comparou com aquela ocorrente na fronteira agrícola expandida recentemente com soja.

É um desastre completo cujo custo social e ambiental ainda não foi devidamente mensurado.

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Redação greenMe

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