Projeto visa conservar a biodiversidade brasileira gerando renda


Muitos sempre defenderam a ideia de que, quando os projetos que defendem o meio ambiente gerassem renda, movimentassem a economia, eles deixariam de ter um ar ideológico e, finalmente, sairiam do papel. Afinal, vivemos em uma sociedade capitalista. Pois o projetoIntegração da conservação da biodiversidade e uso sustentável nas práticas de produção de produtos florestais não madeireiros e sistemas agroflorestais em paisagens florestais de usos múltiplos de alto valor para a conservação“, tem exatamente a ideia de conservar a biodiversidade brasileira, gerando renda, além de assegurar o modo de vida das comunidades tradicionais.

Criadores do projeto

O projeto foi lançado no dia 28 de setembro, em Brasília, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Outros órgãos e instituições se uniram em torno do projeto, entre eles o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

Além deles, integram o projeto, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), os ministérios do Desenvolvimento Social (MDS), Desenvolvimento Agrário (MDA) e Agricultura (Mapa), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e organismos da sociedade civil. Os recursos são do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

Os biomas ligados ao projeto

A princípio o projeto será executado em três biomas nacionais, Caatinga, Cerrado e Amazônia, nas quais áreas de certificada importância para a biodiversidade global e que estão sobre ameaça pelas constantes ações do homem na degradação da natureza, tais como o avanço da indústria da agricultura, o desmatamento e mau uso do fogo.

O projeto prevê a troca destas práticas agrícolas não sustentáveis por novas abordagens, garantindo a manutenção dos biomas.

O projeto terá duração prevista de cinco anos e atuará em dois eixos: desenvolvimento e promoção do uso de técnicas de manejo para extração e uso sustentável de produtos florestais não madeireiros (PFNM) e promoção de sistemas agroflorestais (SAF); e identificação dos gargalos financeiros e de mercado que comprometem o aumento da produção e da renda de comunidades agroextrativistas e agricultores familiares.

Público alvo

Ao todo foram escolhidos 6 Territórios da Cidadania (TC) para atuar no projeto. São eles:

* no bioma Cerrado, Alto Rio Pardo (MG) e Médio Mearim (MA)

* na Caatinga, Sertão São Francisco (BA) e Sobral (CE)

* na Amazônia, Alto Acre e Capixaba (AC) e Marajó (PA).

No total, 76 municípios localizados nessas áreas serão beneficiados pelo projeto. Nesses locais, estão concentrados grupos de quilombolas, indígenas e outras populações tradicionais que têm a agricultura familiar tradicional e o agroextrativismo como principais atividades de subsistência.

Todos eles possuem carência de orientações e informações para a prática de sobrevivência e exploração dos biomas de maneiras sustentáveis, e o projeto irá ensiná-los as práticas de vida sustentável, assim como facilitar o acesso ao crédito e valorizar suas produções.

O projeto deve beneficiar, ao menos, mil produtores e capacitar 500 novas técnicos, e aumentar a renda de toda a comunidade, de formas direta e indireta.

“O projeto será ainda um símbolo do valor da Embrapa, instituição já conhecida pelo desenvolvimento de pesquisas e técnicas agropecuárias, para a questão das florestas, biodiversidade e comunidades tradicionais”, conclui a secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Ana Cristina Barros.

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Fonte foto: planalto.gov.br




Redação greenMe

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