Índios na UFSCAR


O início de 2015 será um pouco diferente na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), que revelou o resultado final de seleção para o ingresso de alunos indígenas em seus cursos de graduação presencial. Ao todo, 35 candidatos índios foram convocados para efetuar a matrícula na universidade, sendo que 27 irão estudar no Campus São Carlos, seis em Sorocaba, um no Campus Araras e outro no Campus Lagoa do Sino, em Buri.

A maioria dos 35 escolhidos optou por curso de bacharelado e licenciatura, 18 ao todo, e o restante decidiu entre os vários campos da Engenharia e Medicina. Outros dois se matricularam em cursos de Gestão e Administração e um último em Filosofia.

Os alunos terão até o dia 2 de fevereiro para requerer a matrícula no site da faculdade e seguir orientações divulgadas na lista de convocados. Já aqueles que entraram para a lista de espera, devem aguardar até o dia três de fevereiro quando será feita a segunda chamada também no site.

Em sua oitava edição consecutiva, o “Programa de Ações Afirmativas para os Povos Indígenas no âmbito da UFSCar” desta vez ofereceu uma vaga a mais para os índios em cada uma das 62 ciências presenciais aplicadas nos Campus da universidade, o que é digno de elogios, entretanto, nem todos estão plenamente satisfeitos com o programa.

É o caso da doutora da própria UFSCar Marina D. Cardoso que relata, em um documento de três páginas alguns dos principais objetivos do Programa de Ações Afirmativas e equívocos cometidos por ele.

Na primeira meta citada pela doutora, o projeto visa ampliar o acesso nos cursos de graduação da UFSCar com “adequada proporcionalidade de participação de negros e de indígenas aldeados”, conforme o documento.

Para Marina, a expressão “indígenas aldeados” pode excluir índios que não estão vivendo nessa condição e sugere sua retirada do texto.

Outro ponto importante é o esclarecimento sobre a cota de 35% do programa para bolsistas índios e negros. Na verdade a cota não é simultânea e, sim dedicada quase exclusivamente para negros, 34%, e somente 1% para os índios. O que explica a convocação de apenas 35 alunos indígenas em uma universidade Federal.

Por último ela ressalta a importância de seguir a Constituição e as leis vigentes que obrigam o sistema educacional a respeitar e adaptar sua estrutura aos costumes dos povos indígenas. Oferecendo educação diferenciada e específica que respeite a cultura e as línguas dos índios, com cursos bilíngues e métodos adequados para as características de cada povo, fundamentais para a manutenção de sua importante cultura de origem da nação hoje conhecida como Brasil.

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Fonte foto: wikipedia.org




Redação greenMe

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