Tartaruga cabeçuda alvo de turistas em Beiruth


Maldade com animais é crime em muitos países. Nem por isso deixa de existir quem as faça, deliberadamente, só para se divertirem. Bem, esse tipo de gente também faz maldade com crianças, mulheres, idosos, só para se divertirem. Maldade com ser humano é tão crime quanto maldade com animais, sabia?

A questão de “fazer maldade” por fazer é um desvio de caráter, na minha concepção. Alguém que respeite a vida, os seres vivos, os seus semelhantes e os diferentes, por princípio, por filosofia de vida, não atuará, nunca, para uma maldade propositada. Pode acontecer de você, numa curva de estrada, atropelar um animal, ou até uma pessoa. É realidade que você, para limpar sua casa vai, necessariamente, matar algum bichinho que escolheu morar lá também, sem sua permissão, claro.

Com certeza não será maldade nem desvio de caráter o fato de você, ser humano, bípede, omnívoro, comer carne e, para tal, caçar animais carnívoros, ou não, e consequentemente, matar o animal antes de o comer. Essas são definições culturais, não são desvios de caráter ou maldade pura. Por exemplo: se você é chinês, na China onde é culturalmente aceito que se comam cachorros. Ou se você é indígena, na mata, onde se comem macacos e cobras. Ou se você é japonês, ou groenlandês, ou das Ilhas Faroe, onde se comem baleias para sobreviver, ou focas, ou o que aparecer no mar e terra já que não há outra comida, e ponto.

Mas, você tirar um bicho do seu habitat, para tirar fotos com ele – não quero dizer, fotos dele que seriam boas se ele estivesse tranquilo na sua terra, mata, água ou ar. Você subir uma criança, aos berros, coitadinha, pelo susto, no casco da tartaruga marinha. Você bater na cabeça da tartaruga até quebrar a cana do nariz do bicho. Ah, isso é bestialidade humana, maldade pura, e o animal humano que procede assim deveria estar enjaulado pois é um perigo à segurança da vida dos que o rodeiam.

De quê estou falando? De uma tartaruga cabeçuda, Caretta caretta, que foi resgata pela Greenarea , e está sendo tratada pela ONG Animals Lebanon e que, se supõe, tenha sido ferida por frequentadores de Havanna Beach em Beiruth. Este é o caso relatado pela National Geographic, leia na íntegra aqui.

Bom, essa tartaruga teve sorte, a sorte que milhares de crianças não têm e morrem com suas feridas, físicas, psicológicas. Esta tartaruga sim, teve sorte, a sorte que muitas mulheres, mundo à fora, não têm – de alguém que lhes dê a mão contra as atrocidades que a sociedade humana perpetua na sua ânsia de dominar, ao preço que for. Sim, minha gente, essa tartaruga teve sorte, foi salva pelos jovens da Greenarea, sim, teve sorte, a sorte que não têm milhões de idosos, mundo á fora, não têm! Só para lembra, o abandono de idosos, que é uma forma de violência, acontece principalmente nos ricos e desenvolvidos países do hemisfério norte. Todo mundo precisa de uma mão carinhosa que os ajude, os cuide, os acalente só que muitos, muitos mesmo idosos vivem sozinhos, e morrem sozinhos em seus apartamentos, feridos pela solidão, pelo desprezo dos mais jovens, pelo “esquecimento e desinteresse” de seus familiares e da sociedade. Sim, essa cabeçuda aí teve sorte!

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Redação greenMe

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