Como economizar água em casa: conselhos de especialistas


Os especialistas da Indiana University Bloomington, em colaboração com a Universidade da Carolina do Norte, compilaram uma série de dicas sobre como economizar água em casa. A denominada “The Water Short List: The Most Effective Actions U.S. Households Can Take to Curb Water Use“, foi publicada na Environment Magazine.

A iniciativa decorre de uma preocupação com a redução dos recursos hídricos nos Estados Unidos por causa da mudança climática, da presença de infraestruturas obsoletas, do crescimento da população em áreas que sofrem a escassez de água e do desenvolvimento econômico, que exige cada vez mais ouro azul. Qualquer semelhança não é mera coincidência e portanto, os conselhos são também adequados para Brasil.

Os pesquisadores se comprometeram em informar estimativas confiáveis ​​sobre a possibilidade de economizar água em uma casa normal.

De acordo com os autores do documento, a disponibilidade de água, em breve, se tornará uma questão de urgência. É, portanto, uma prioridade tentar reduzir o desperdício de água no nível doméstico.

No primeiro lugar das sugestões estão o melhoramento das tecnologias para o uso da água em casa e nos jardins. O consumo de água em casa pode ser reduzido em 45% com a instalação de vasos sanitários, máquinas de lavar roupa, lavalouças, chuveiros e torneiras de alta eficiência na utilização da água.

As famílias podem reduzir o consumo de água em 30% através da implementação de ações que proporcionem banhos mais curtos, máquinas de lavar roupa em carga máxima e redução de um quarto da quantidade de água utilizada nas descargas. Para hortas e jardins, a dica mais importante é para a recolha da água da chuva para regar as plantas na parte da manhã. Para os gramados deve-se escolher o tipo de grama que requeira menos água. Para as hortas é necessária a instalação de um sistema de irrigação por gotejamento.

Especialistas apontam que nem todas as dicas que circulam por aí para economizar água, são válidas. Por exemplo, na sua opinião deles, seria inútil escovar os dentes enquanto se toma banho, pois uma torneira normal usa muito menos água do que um chuveiro.

Os cidadãos norte-americanos usam uma média de 98 litros de água por dia, o que é sete vezes mais do que o necessário para satisfazer as necessidades diárias. Porque a água custa pouco, na verdade pagamos pelo serviço pelo seu fornecimento, as pessoas não se interessam ou adiam a instalação de sistemas que otimizem o uso da água, mas com bom senso e alguns truques você pode reduzir o consumo.

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Por fim, os especialistas sugerem que os principais aparelhos domésticos com alta eficiência de economia d’água sejam mais baratos para o consumidor, coisa que necessitaria da mão do Estado, no nosso caso. Ou seja, o governo poderia, assim como fez com os automóveis, reduzir impostos para abaixar o preço do produto para o consumidor final. Também no Brasil se poderia reduzir, por exemplo, o imposto sobre o serviço (ISS) para arquitetos que desenvolvam “projetos verdes” que contemplem o uso inteligente dos recurso naturais.

Do que se pode notar, cada um pode fazer a sua parte mas a diferença mesmo seria feita com uma ajuda maior, da qual o Estado deve se empenhar para um uso melhor e mais inteligente da água. A começar pela diminuição no desmatamento, aos incentivos às tecnologias que economizem água.

Não é culpa só do povo que toma banho de meia hora, nem do Alckmin que governa o estado de São Paulo, nem de ninguém em particular, e sim, de tudo isso e mais um pouco.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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