O Brasil está Perdendo suas Florestas


De acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil de suas florestas entre 2000 e 2014. Isso se deveu, em grande parte, ao aumento de áreas agrícolas, bem como de pastagens.

A nova plataforma digital do IBGE, permite ter acesso e acompanhar as alterações que vêm ocorrendo na vegetação nativa, devido a ocupação e as atividades agropecuárias, em todo o território brasileiro.

O feito pelo IBGE, através dessa plataforma digital, fornece informações através do mapeamento de 8,5 milhões de km² de nosso território. Essa nova ferramenta fez um acompanhamento comparativo das mudanças na área vegetativa, resultantes da ocupação e das atividades agropecuárias em todo o nosso país, entre os anos 2000 e 2014. Cerca de 13% do território nacional, entre estes anos, teve algum tipo de mudança na cobertura vegetativa e utilização da terra.

Essa porcentagem representa mais de 1,1 milhão de km², significando uma proporção de uma área maior que o território da maioria dos países do mundo.

Tal informação é somente uma das análises provenientes do emprego dessa nova ferramenta digital do IBGE. Esse monitoramento ocorre de dois em dois anos, comparando os dados obtidos por satélites, com pesquisa de campo, entre outras fontes.

O objetivo desse monitoramento é mapear as alterações ocorridas na vegetação nativa de nosso país, fazendo um levantamento de quais atividades agropecuárias estão relacionadas a essas modificações.

O novo portal do IBGE, com essa plataforma é interativo e acessível.

A utilização desse recurso não exige conhecimento de softwares especializados, o que o torna fácil o seu uso, tanto ao público técnico quanto ao que não é especialista.

A base desse sistema é o uso de grade estatística, com detalhamento para cada 1km2.

Através dos dados fornecidos pela plataforma é possível comparar, ao longo do tempo, com outros bancos de dados estatísticos e geocientíficos.

As informações obtidas nesta plataforma, permitem fazer um acompanhamento histórico das atividades econômicas e seus impactos sobre os recursos naturais do nosso país, quilômetro a quilômetro.

As informações da Cobertura e Uso da Terra são relacionadas com os anos 2000, 2010, 2012 e 2014, sendo atualizadas à cada dois anos.

A base para as atualizações são 14 tipos de classificação, tendo como alguns fundamentos:

  • elementos encontrados na terra;
  • áreas de pastagens,
  • vegetação florestal,
  • silvicultura (ciência que tem como base conhecimentos que contribuam para a melhor utilização da terra, de forma sustentável e ecológica);
  • corpos d’água (recursos hidrícos);
  • e áreas agrícolas.

Outra informações podem ser agregadas à esses dado, tais quais as provenientes de outras pesquisas do IBGE ou de outros órgãos que utilizem grade estatística.

Através dessas informações adicionais e complementares se obtêm informes demográficos de:

  • infraestrutura viária;
  • vegetação;
  • biomas;
  • Unidades de Conservação;
  • e terras indígenas, entre outras.

A incorporação dos dados torna a estatística do IBGE mais completa e padronizada.

Através de todas essas informações e dados, se obtêm análises históricas mais precisas e otimizadas, resultando em estatísticas ambientais de diversas áreas, tais como:

  • planejamento público;
  • ordenamento territorial;
  • estimativas de emissão e sequestro de carbono;
  • elaboração das contas ambientais,
  • propagação de vetores de doenças;
  • inventários florestais;
  • e mudanças climáticas, entre outras.

A importância de saber dessas informações

Saber dessas informações nos leva a perceber a realidade do desmatamento e desflorestamento, que vem ocorrendo há anos, em decorrência do uso excessivo da terra, para atividades agrícolas e pecuaristas.

Como podemos colaborar para evitar mais e mais diminuição das áreas vegetais, em nosso país?

O chamado desmatamento ou desflorestamento é a derrubada abusiva ou clandestina de árvores.

As florestas que mais são afetadas pelo desmatamento são as da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica.

As causas do desmatamento

Inúmeras são as formas de desmatamento:

  • crescimento urbano;
  • aumento populacional;
  • a expansão de polos industriais;
  • o crescimento de áreas agrícolas;
  • a excessiva criação de áreas pecuaristas;
  • os incêndios e as queimadas em florestas, acidentais (bitucas de cigarro jogadas por motoristas e pedestres negligentes em rodovias próximas às áreas de vegetação) ou propositais (causados pelos próprios fazendeiros, com a finalidade de desmatar as vegetações nativas para criação e plantio)
  • desmatamento para fins comerciais (madeira, papel, pecuária)

O que podemos fazer

A conscientização da população é de vital importância para a diminuir do desmatamento e o desflorestamento nas matas.

As matas e as florestas são vitais para o equilíbrio ecológico de nosso planeta.

Ações que nós, cidadãos, podemos fazer para evitar o desmatamento excessivo:

  • Adquirir produtos, como madeira ou papel, com o selo FSC (Conselho de Manejo Florestal), pois, esta certificação significa que as empresas extraem madeira derivada de florestas manejadas e de forma consciente, utilizando o reflorestamento;
  • Reduzir o consumo de carne vermelha, pois, o aumento de áreas pecuaristas, tem sido o grande causador do desmatamento e desflorestamento.

A atividade da pecuária é um dos maores fatores de grandes áreas de desmatamento e desflorestamento, uma forma de não colaborar com esse dano é deixar de consumir produtos feitos com couro animal, substituindo-os pelo “couro” ecológico ou sintético;

  • Diminuir o consumo de papel, optando por papel reciclado;
  • Não comprar madeira ilegal e clandestina ou imóveis em áreas de proteção ecológica.

O que o governo precisa fazer para evitar o desmatamento e desflorestamento abusivo:

  • O governo tem a responsabilidade de fiscalizar e proteger as áreas com ocupação ilegal de terras, evitando o desmatamento clandestino;
  • Impedir o avanço de novos pastos e áreas agrícolas sobre as florestas;
  • Garantir e dar proteção para aos índios e suas terras.

Se, de alguma forma, o governo deixa de cumprir funções que lhe dizem respeito, cabe ao cidadão reivindicar o cumprimento dessas ações.

Façamos nossa parte

A informação de como contribuir para a preservação das florestas e matas nativas, juntamente, com a consciência de nossa relação com o meio-ambiente e a Natureza, podem mudar essa realidade descrita pelo IBGE.

Cada um fazendo sua parte diminui o impacto destrutivo de todas as causas que vêm provocando a diminuição das florestas e matas nativas.

Façamos nossa parte!

Dessa forma, vamos poder contribuir para o Equilíbrio da Natureza e da Vida, em nosso Planeta!




Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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