Temer veta as MPs do desmatamento, mas veto não garante proteção de floresta


Você deve ter lido sobre o pedido de Gisele Bundchen, via Twitter, para que Temer vetasse as MPs do desmatamento na Amazônia – MPs 756 e 758. Pois é, e ele os vetou parcialmente, porém…

As artimanhas políticas que podem nos induzir em erro são “o pão nosso de cada dia” aqui na terra. Desta vez é um veto presidencial que, parece que salva mas enterra as Unidades de Conservação da Amazônia.

Sobre as MPs em questão, releia essa nossa matéria:

Esta é a posição de um grupo bastante importante de ONGs ambientais que se reuniram para assumir posição sobre o veto presidencial, das MPs que destroem as Unidades de Conservação, favorecem o desmatamento e aumentam os índices de destruição naquela região do Globo terrestre que já foi chamada de pulmão do mundo.

Em nota divulgada na segunda-feira, 19 de junho, os ambientalistas afirmam que:

O veto à MP 756 não garante a proteção à floresta, pois transfere do presidente para o Congresso, dominado por parlamentares sem compromisso com a conservação ambiental, a responsabilidade de desproteger essa parcela significativa da floresta amazônica”

e que,

“Os mesmos 480 mil hectares da Flona de Jamanxim em APA. Isso significa que o veto apenas serve para transferir do presidente para o Congresso, hoje dominado por parlamentares sem compromisso com a conservação ambiental, a responsabilidade de desproteger essa parcela significativa da floresta amazônica”.

Leia aqui a íntegra da Nota assinada pelas seguintes organizações:

● Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi)

● Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)

● Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)

● Instituto Socioambiental (ISA)

● Greenpeace-Brasil

● Mater Natura

● Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS)

● Uma Gota no Oceano

● WWF-Brasil

Os vetos, uma vitória e seus resultados não tão bons

Como afirma a WWF, de fato, os vetos foram uma vitória, pois áreas importantes para a conservação na Amazônia e na Mata Atlântica continuam legalmente protegidas, porém, na prática, o ônus de legislar sobre a redução das florestas protegidas será transferida para o Congresso por uma outra MP enviada em regime de urgência.

Ou seja, a raposa continua cuidando dos ovos, dos pintinhos, do galinheiro inteiro pois é isso que interessa aos donos do poder.

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Redação greenMe

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