A importância dos vulcões para o aquecimento global


Um novo estudo aprofunda algo que já era conhecido pela ciência. Até então se sabia que erupções de vulcões eram “resfriadores naturais” da atmosfera, por conta do dióxido de enxofre expelido em grande quantidade.

Pequenas partículas de ácido sulfúrico que se formam, quando o gás se combina ao oxigênio na camada superior da atmosfera, podem permanecer por muitos meses, formando um escudo que reflete a radiação solar para fora da superfície terrestre e reduzindo as temperaturas, como resultado, que contribui para uma minimização do avanço do aquecimento global.

Já as pequenas erupções – aquelas classificadas pela metade da linha média que quantificaria a propensão a erupções de um vulcão –, não apresentam efeitos muito importantes, nesse processo de resfriamento. Pelo menos, era o que se acreditava.

Agora, vem a novidade: os cientistas perceberam, mediante estudos atmosféricos e medições via satélite que até mesmo as pequenas erupções que ocorreram entre os anos de 2000 a 2013 foram capazes de proteger a Terra quase duas vezes mais do que se supunha.

O estudo passou a utilizar tanto o espaço quanto o ar, devido ao fato de possibilitar o cruzamento de dados entre as condições da estratosfera – camada mais próxima ao solo – e a troposfera – camada superior.

Essas mesmas erupções foram capazes de reduzir as temperaturas terrestres a partir de 2000 – de 0,05 para 0,12 graus Celsius. O estudo, publicado na Geophysical Research Letters, do American Geophysical Union, pode ajudar a explicar o porquê de a elevação de temperaturas globais estar em ritmo decrescente na última década e meia, em um momento conhecido como o “hiato do aquecimento global”.

O ano mais quente de que se tem registro seria 1998. A partir de então, a elevação começa a ficar mais moderada. A justificativa para isso era a seguinte: ou a atividade solar ficou mais fraca, ou o calor era sequestrado por oceanos. Agora, já se percebem as erupções vulcânicas de menor escala, como grandes agentes do processo.

Inclusive, a questão da atividade vulcânica não entrava na contabilidade das projeções climáticas, já que são eventos quase impossíveis de serem previstos. Mesmo assim, apenas as grandes erupções – como a de Monte Pinatubo, nas Filipinas em 1991 – eram levadas em conta. As menores não eram enfatizadas.

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Fonte fotos: freeimages.com




Redação greenMe

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