Empresa brasileira recebe o primeiro selo prata do Programa Origem Sustentável


O primeiro selo de prata foi entregue pelo Programa Origem Sustentável. Criado pelo Laboratório de Sustentabilidade (Lassu) da Escola Politécnica (Poli) da USP em parceria com o Instituto By Brasil, com a Associação das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal), o Programa Origem Sustentável concedeu o certificado Selo Prata para a empresa gaúcha de Calçados Bibi.

A certificação é voltada para o mercado calçadista brasileiro e segue a escala Branco, Bronze, Prata, Ouro e Diamante, atestando as empresas recebedoras dos selos como incorporadoras das metodologias sustentáveis em seus processos. No caso do Selo Prata, para conquistá-lo a empresa do setor calçadista precisa realizar uma série de ações, uma delas é a produção de calçados infantis livres de substâncias tóxicas. Exemplo: o cromo, usado para amaciar o couro.

A Bibi Calçados é a primeira deste setor da indústria brasileira a conseguir a certificação. “Com a obtenção do Selo Prata, a Bibi terá mais possibilidade de exportar para um mercado bastante exigente, como o europeu e o americano”, destaca a professora Tereza Cristina Carvalho, diretora do Lassu e coordenadora do Programa Origem Sustentável.

A entrega do certificado Selo Prata aconteceu no dia 16 de março, na cidade de Novo Hamburgo, RS, na cerimônia na Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (FIMEC).

Tereza relata que o dono da empresa, Marlin Kohlrausch, organizou os fornecedores e lhes propôs a restrição ao uso de metais pesados, como o cromo e chumbo (ações dentro das metas para conseguir o Selo Prata), na produção de componentes para sapatos infantis.

E não só! A Bibi Calçados adotou outras práticas sustentáveis em toda a sua cadeia produtiva, como a melhor utilização de água potável e redução do consumo de energia elétrica. “Após conversar com os fornecedores, ele conseguiu a adesão de 80% deles”, conta. Desta forma, o calçado infantil produzido hoje pela Bibi é o primeiro do Brasil a ser totalmente livre de substâncias tóxicas. “Não há pesquisas sobre as consequências, a longo prazo, que a exposição ao chumbo presente em sapatos e roupas podem nos trazer”, alerta a professora.

Dentre outras ações, uma de destaque é fato da empresa trabalhar com o conceito de simbiose industrial, que nada mais é do que a utilização de resíduos como matéria-prima. “Trata-se de um tendência de mercado: olhar para os resíduos industriais não como lixo, mas com um produto de valor.” Finaliza a professora Tereza Cristina.

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Fonte foto: bibi.com.br




Redação greenMe

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