Ideias verdes que funcionam com o carro: condivida, compartilhe, pegue carona…


Iniciativas simples que visam a redução da poluição, o combate às mudanças climáticas e ainda alivia o – caótico – trânsito de nossas cidades: Carsharing, Buzzcar e Bla Bla Car, tipos diferentesde compartilhamento de automóveis, soluções que fazem sucesso na Europa e da América do Norte, mas ainda dá seus primeiros passos no Brasil.

O Carsharing é um serviço de compartilhamento de carros. O cliente que deseja desfrutar de um automóvel, assina um contrato de longo prazo com a empresa detentora do veículo, permitindo a utilização de seus carros como e onde quiser, como se fosse um sócio. Os carros ficam estacionados em pontos fixos nas ruas, o cliente para utilizá-lo basta fazer uma reserva pelo telefone ou internet e ir buscá-lo no horário programado. O sistema presa pela rapidez e pontualidade. Entregar o carro fora da hora implica em um pagamento maior. A estratégia é muito simples e funciona em países europeus ajudando a diminuir o crescimento do número de carros em circulação nas cidades, o que, por consequência, reduz as emissões de gases poluentes. Com isso, o uso do automóvel é bem mais inteligente, equilibrado e racional e passa a ser um transporte complementar ao ônibus e ao metrô. A alternativa também é válida na redução dos custos de manutenção de um automóvel. No Carsharing não há despesas com consertos, seguro e combustível, pois tudo isto vem incluso no preço da adesão ao contrato.

No Brasil, somente uma empresa oferece esse tipo de serviço, a Zazcar, atuante na capital paulista desde o ano de 2009. Hoje, conta com mais de 60 carros, distribuídos por mais de 40 pontos da cidade, para um total de 3.500 usuários. Essa empresa já foi reconhecida pela iniciativa, tendo sido laureada, em 2012 e em 2013 com o Prêmio Consumidor Moderno – dentro da Categoria Pequenas e Médias Empresas – assim como o Prêmio Empresa Revelação, em 2012; o que mostra que boas e sustentáveis iniciativas empresariais também são alvo de reconhecimento do mercado.

Outra iniciativa que dá o que falar no exterior é a da empresária Robin Chase, que havia fundado, em 2000, uma locadora de automóveis tradicional, a Zipcar, mas acabou por perceber que algo estava faltando em seu negócio. Por isso, observando a realidade de mercado, acabou tendo a ideia para criar a Buzzcar, porque viu que o interesse das pessoas era mais por dirigir um veículo do que por tê-lo propriamente. A Buzzcar se vale de um passo à frente da política do Carsharing: o compartilhamento do carro de um proprietário individual, para amigos, vizinhos, ou quem quiser. São mais de 14 mil usuários e 2.100 automóveis, apenas na França.

Nesse modelo de negócio qualquer pessoa pode alugar um carro para uma pessoa de seu círculo de relacionamentos, como um “peer-to-peer”, ou aluguel “entre pares”, sem um retorno financeiro tão lucrativo. Desse modo, há a possibilidade de alguém que tenha a necessidade, poder contar com um carro à disposição não só em áreas urbanas densamente povoadas, mas também no campo, por exemplo.

As tarifas da Buzzcar são distribuídas da seguinte forma: o dono do carro fica com 65% do valor apurado, a Buzzcar com 15% e a seguradora com os 20% restantes. O seguro cobre quem aluga e protege o dono, se houver acidente, por exemplo, o proprietário é totalmente eximido de responsabilidade.

Outra opção, muito em voga na Europa, é a Bla Bla Car, que serve de empresa de compartilhamento, na qual você coloca o seu trajeto no website da empresa, divide essas informações, e encontra pessoas para dividirem a viagem e as despesas com você. Isso acaba tornando o ato e dirigir muito mais divertido, pois as pessoas podem ir conversando ao longo da viagem, por exemplo – por isso o nome “Bla Bla”, que vem de fala, diálogo. O bom funcionamento do site acaba por dar segurança ao usuário do serviço, como acontece com os sites de pessoas que alugam suas próprias casas, ou quartos, com pessoas estranhas.

Algo interessante é que os proprietários de carros, nos EUA, por exemplo, gastam 17% de seu salário mensal com carro, mas dirige apenas 5% de seu tempo, com seu veículo ficando ocioso grande parte do dia, ocupando espaço. Além disso, a pessoa acaba saindo sempre sozinha.

Já quando a pessoa, em contrapartida, tem de alugar, irá pensar duas vezes sobre a real necessidade de ir a um lugar ou outro, dirigindo; já que tem de pagar pelo uso do automóvel. Na Zipcar, por exemplo, um veículo alugado substitui, em média, 15 carros individuais.

Há alguns desafios a ser vencidos, no sentido de trazer tais dessas empresas ao Brasil. Contudo, se algumas pessoas abraçarem a ideia, já estaremos fazendo algo muito importante para tentar implantar o começo de uma nova consciência no uso do transporte em nosso país.

Uma das pioneiras nesse serviço, que faz um trabalho de compartilhamento mais tradicional é a Zipcar, criada no ano de 2000. A marca é proprietária dos veículos e aluga, por uma, algumas horas ou por diária. Basta que o usuário entre no site, reserve o veículo pretendido e pague com cartão eletrônico. Uma particularidade do negócio é que, como necessita do retorno sobre investimento, a oferta de carros ocorre em áreas com vasta demanda – como cidades universitárias e grandes centros urbanos.

Seu acervo é de mais de 9 mil carros e a Zipcar conta com cerca de 650 mil clientes – nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. Trata-se da mais vasta rede de aluguel de carros do planeta. Os veículos da empresa custam desde US$ 7 a 16 – cerca de R$ 16 a 38 – por hora, dependendo do modelo.

Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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