Macacos brasileiros: espécies em extinção ameaçadas pela febre amarela


Macacos que vivem em várias regiões do Brasil estão desaparecendo. Eles têm sido encontrados mortos nas florestas e a causa parece ser a febre amarela.

No Espírito Santo, foram encontrados mortos 400 indivíduos de diferentes espécies que vivem na Mata Atlântica do estado. Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) suspeitam que eles tenham sido picados por mosquitos transmissores da febre amarela, segundo notícia do G1. Os casos de febre amarela começaram no Leste de Minas e foram chegando ao Espírito Santo.

Em Minas Gerais, a população da espécie muriquis-do-norte do Brasil foi reduzida em 11% desde setembro de 2016. Não se sabe, ainda, se a causa está relacionada com a febre amarela. A espécie é uma das mais que mais corre risco de extinção no mundo, segundo o site EM.

Febre amarela

O primatologista e professor da UFES, Sérgio Lucena, explica que: “A febre amarela atingiu os macacos em Minas com uma violência impressionante, não paro de me surpreender. O vírus massacrou os bugios (Alouatta guariba) e afeta também outras espécies, inclusive algumas em extinção, como o sagui-da-serra (Callithrix flaviceps)”. Os muruquis, por serem mais resistentes ao vírus da febre amarela, podem resistir melhor a ela e os danos serem, portanto, menores.

Outro problema destacado pelo professor é a seca prolongada, que favorece a proliferação do vírus. O temor é que a febre amarela se instale na Mata Atlântica.

Combate

Os especialistas em primatas e os ambientalistas pedem à população que não ataque os macacos, porque o transmissor da febre amarela é o mosquito Aedes aegypti. Os macacos, ao contrário, precisam de proteção.

Para ajudar os macacos e, claro, a nós mesmos, é preciso combater o agente transmissor, que se reproduz em água limpa. Não deixe água em pneus, garrafas, vasos de planta, caixas d’água, pois são nesses lugares que as fêmeas põem os seus ovos. Mantenha esse locais limpos, secos e tampados.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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