Quando o plástico entra na cadeia alimentar via plâncton (VÍDEO)


Esta é a conclusão óbvia das filmagens de Richard Kirby, um cineasta e cientista inglês, apaixonado pelo estudo dos plânctons que filmou “como e quando” as partículas plásticas (que há de montão nos oceanos) são engolidos, inseridos no sistema, viram comida de bicho, peixe e gente.

O plâncton é um conjunto de pequenos animais, plantas e outros seres, muito sensível às alterações de temperatura da superfície do mar e responsável por 50% de toda a fotossíntese que ocorre no planeta – ou seja, 50% de toda a energia produtora de alimentos vêm dessas belezinhas quase invisíveis que pairam sobre as ondas e servem de alimento básico para a cadeia alimentar marinha.

Mas, o que não se imaginava é que planctons ingerissem microfibras plásticas e morressem em decorrência disso. Ou seja, o plástico no ambiente marinho está matando os plânctons também – já sabíamos do comprometimento da vida de peixes, aves, tartarugas, baleias, com os estômagos cheios de pedaços de plástico.

Na reportagem da BBC há uma entrevista com Richard Kirby e essas são suas palavras sobre o que conseguiu filmar.

“Quando eu vi, pensei que aqui havia algo, visualmente, para transmitir ao público sobre o problema do plástico no mar”.

O vídeo mostra que uma fibra minúscula causou uma obstrução intestinal em algo tão pequeno como um Sagitta setosa (um quetognatas – pequeno animal marinho de máximo 15 cm de comprimento, essencialmente planctônicos).

Plástico nos oceanos

A ONU estimou que cerca de 51 trilhões (500 vezes mais estrelas estimadas em nossa galáxia) partículas de microplástico estão nos mares e oceanos do mundo e que existem 46 mil peças de resíduos de plástico por quilômetro quadrado de mar.

Outro dado é de que 150 milhões de toneladas de plástico “desapareçam” do fluxo mundial de resíduos a cada ano.

Qual o impacto da morte dos pequenos animais planctônicos?

Se o plâncton morre morrerão também os animais marinhos que se alimentam dele – lulas, peixes menores, peixes maiores, golfinhos e baleias.

Os resíduos plásticos estão se infiltrando no ecossistema em uma escala global e este vídeo acrescenta ao crescente corpo de evidências mostrando que os polímeros são rotineiramente ingeridos por animais.

A questão chave permanece: este material causa impactos ecológicos e por que os governos não estão usando ciência robusta para substituir produtos problemáticos por alternativas mais seguras?, questiona o Dr. Mark Browne.

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Redação greenMe

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