Inseticida biológico brasileiro é super eficaz contra o Aedes


Existe no Brasil, há anos, um inseticida biológico feito em base à bactéria do bacillus turinguensis. Este é, segundo as pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), inócuo para animais de sangue quente (foi pesquisada sua toxicidade em ratos, porquinhos da índia e outros, em laboratório) supondo-se, portanto, que também seja inócuo para o ser humano.

Seu efeito é simples – o bacilo, em contato com a larva do mosquito, cria um cristal que mata a larva em 24 h.

Este inseticida vem sendo usado na cidade de Bebedouro, interior de São Paulo há pelo menos um ano. Os resultados são muito bons. Bebedouro teve, em 2015, cerca de 6 mil casos de dengue e, nos primeiros meses de 2016, somente 3 casos notificados.

A pesquisadora Elizabeth Sanches, da Farmanguinhos, da Fiocruz, que coordenou o projeto de criação deste inseticida, afirma que o mesmo é inofensivo ao meio ambiente e à saúde humana (sempre considerando a dose recomendada que é de 1 comprimido por 50 litros de água). A pastilha pode ser colocada diretamente nas caixas d’água ou, pulverizada em lagoas, córregos, locais com água parada, criadouros, etc. O inseticida tem uma persistência de até 21 dias em ambiente natural devendo ser reaplicado nesta frequência.

As bactérias usadas como matéria-prima para a produção deste inseticida biológico são conhecidas como BTI – Bacillus thuringiensis israelensis e, normalmente são isoladas do solo ou de insetos mortos, informa este artigo científico da Unicamp que também afirma ser o produto inócuo para animais de sangue quente, aves e ambiente aquático. A mesma afirmação poderá ser conferida aqui.

A questão que se coloca é a seguinte: Se desde 2006 temos conhecimento desta possibilidade, se desde 2010 foram concluídas as pesquisas da Fiocruz e o produto já é, há tempos, homologado pela Anvisa, por que então ainda permitimos, no Brasil, que se usem produtos tão perigosos como o Malathion, o Pyriproxyfen e outros larvicidas que, já se sabe, têm sim efeitos cancerígenos, teratogênicos e outros que tais e sequer dão o mesmo bom resultado na eliminação dos mosquitos transmissores de dengue, zika, malária e febre amarela?

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Redação greenMe

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