Um banheiro que não utiliza água


James Young é o fundador da Woo Woo Toilets, empresa inglesa que vende e instala banheiros Kazuba, banheiros secos para instalação em áreas sem acesso à rede de esgotos.

São banheiros com mecanismo de desidratação e evaporação, um pouco diferente dos banheiros secos baseados em compostagem, já mais conhecidos. O sistema não requer água ou eletricidade: possui uma saída de ar, que se parece uma chaminé, por onde pás giradas pelo vento captam ar para dentro da câmara. O ar entra pelo vaso, fazendo assim com que o banheiro, se bem utilizado, não tenha maus odores. O calor do Sol também aquece a unidade, acelerando o fluxo de ar, que passa pelos resíduos e sai por cima.

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Os sólidos são coletados num recipiente, de onde os líquidos são drenados para a parte mais baixa. O fundo do sistema é impermeável, não permitindo a penetração dos líquidos no solo. O fluxo de ar passa também nessa perte mais baixa do sistema, onde evapora os líquidos.

É até um pouco surpreendente como o sistema funciona – não é tão intuitivo que apenas o fluxo de ar vindo do vento, mais o que é causado pelo aquecimento do ar pela luz do sol seria suficiente para completamente desidratar os dejetos.

Uma das preocupações de seus desenvolvedores, além das vantagens sob o ponto de vista ambiental, é fazer com que seus banheiros sejam completamente acessíveis a cadeirantes, idosos, crianças, e pessoas com mobilidade reduzida em geral.

O resultado do tratamento dos resíduos é um material neutro, inofensivo e sem odor, que pode ser até compostado para uso geral (não para hortaliças).

Os criadores explicam: o dejetos humanos são compostos principalmente de água. Apesar do fato de que um ser humano produza, em média, cerca de meia tonelada de dejetos por ano, o material sólido após a desidratação dos dejetos é apenas 25Kg.

Essa é a grande vantagem do sistema Kazuba quando comparado aos tradicionais banheiros secos: requer muito menos manutenção.

Nos banheiros secos tradicionais é necessário adicionar serragem, palha ou fibra de coco para facilitar a decomposição aeróbica, absorvendo líquidos e reduzindo odores. Essa adição, na verdade, aumenta o volume dos resíduos, fazendo com que o sistema requeira mais manutenção. Já o sistema dos ingleses também promove a decomposição aeróbica, mas reduz o volume dos resíduos em até 90% através da evaporação dos líquidos e desidratação dos sólidos que compõem dos dejetos.

A necessidade de manutenção dos banheiros Kazuba e coleta do material desidratado depende da intensidade de seu uso, mas seus criadores estimam que, pelo uso normal, a periodicidade possa ser algo entre uma vez a cada seis meses, um ano, ou até uma vez a cada dois anos.

O sistema também apresenta vantagens quando comparados a banheiros químicos, que requerem muito mais manutenção, além de ser uma alternativa ecológica.




Redação greenMe

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